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Saúde | Governador

15h04min - 26 de Fevereiro de 2013 Atualizado em 09h19min - 18 de Novembro de 2013

VÍDEO: Governador convoca população a aderir ao mutirão do combate à dengue

Em entrevista à imprensa no 3º Encontro Estadual de Saúde, Antonio Anastasia falou sobre a importância da conscientização para frear o aumento da doença

O governador Antonio Anastasia convocou a população, nesta terça-feira (26), para lutar contra a dengue em Minas Gerais. Em entrevista à imprensa, durante a abertura do 3º Encontro Estadual de Saúde, realizado em Belo Horizonte, Anastasia falou sobre os investimentos realizados nos municípios mineiros mais atingidos pela doença e sobre o esforço das equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para combater os focos do mosquito.

O governador também destacou a importância da conscientização da população de que a dengue é uma doença grave e que pode matar.

Confira a entrevista do governador sobre o tema:

Governador, vamos falar da dengue. Fugiu do controle?

Antonio Anastasia: Na realidade, estamos tendo hoje, com a dengue, um problema. Nós tivemos uma grave piora no início deste ano, lamentavelmente. Fizemos um esforço muito grande em relação à dengue nos últimos dois anos. Houve uma diminuição drástica de casos da dengue entre 2010 e 2012, mas neste ano a situação piorou. E piorou por quê? Primeiro, introduziu-se no Estado um novo tipo do vírus, o tipo 4, a que não estávamos acostumados. Segundo, tivemos condições climáticas mais favoráveis este ano, mas o pior é que, de fato, houve um descuido por parte de algumas administrações municipais, em razão da descontinuidade da gestão pública e o resultado foi esse. Então, lamentavelmente, temos hoje indicadores que não são bons. Para isso, temos que trabalhar três vezes mais. Determinamos ao Secretário de Saúde (Antônio Jorge) um grande esforço que tem de ser feito em conjunto com os municípios. Mais uma vez, aproveito a presença da imprensa, que é fundamental nesse trabalho, para pedir o apoio das pessoas para a limpeza do foco do mosquito da dengue. Aumentamos os recursos financeiros, investindo mais R$ 26 milhões. Aumentamos o número de servidores da força-tarefa, de 180 para 280. Criamos uma unidade de hidratação própria para que as pessoas que tenham a suspeita recebam diretamente a hidratação, que é o tratamento mais importante no primeiro momento, e também o novo tipo de teste, que descobre imediatamente se a pessoa está ou não contaminada pela dengue. Então, é o grande esforço que temos de fazer e, mais uma vez, o apelo que faço a todos os mineiros, que é o grande mutirão que nós precisamos, porque a dengue só se combate com o trabalho articulado de todos.

Governador, dengue é fruto de sujeira e de falta de cuidado. Belo Horizonte já ousou anos atrás, arrombando casas; os proprietários não tomavam cuidado, estavam abandonadas. O senhor pensa que é possível criar uma legislação mais forte contra pessoas e, principalmente, contra prefeitos omissos?

Antonio Anastasia: Veja bem, em primeiro lugar, essa legislação já existe. A legislação faculta ao poder público, especialmente à autoridade municipal, no caso de desrespeito às questões da vigilância sanitária, arrombar as casas e entrar, tendo a necessidade de defesa da saúde pública, porque sabemos que a dengue de nada adianta se você, na sua casa, fizer a limpeza, e se o seu vizinho ao lado não fizer a sua parte. O mosquito não distingue o muro, ele vai ao lado fazer ali a sua inoculação. Então, o que precisamos, primeiro, é dessa conscientização. Por isso, falamos sempre da dengue, porque a dengue mata. Tem havido uma guerra contra a dengue. A dengue é grave, porque as pessoas, muitas vezes, não dão muita importância à dengue, mas nós observamos que a dengue é gravíssima, não só porque afasta a pessoa dez dias ou mais das suas atividades, como causa óbitos. Então, essa sensibilidade tem de haver e, é claro, onde não houver essa sensibilidade, ou seja, onde a pessoa não se conscientizar, é claro que o poder público deve ser obrigado a tomar as medidas enérgicas para que a sociedade como um todo fique protegida.

E o senhor estimula as pessoas a denunciarem o chamado “vizinho porcalhão”?

Antonio Anastasia: Não há dúvida. Nós temos um disque saúde no Estado, 155, que dá a possibilidade de tomar as medidas junto às prefeituras para que haja esse tipo de ação, o que aconteceu muito no passado, tanto que nós diminuímos entre 2010 e 2012. E este ano é que, de fato, houve esta piora.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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