O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (SEEJ), renovou convênio da ordem de R$ 6,8 milhões com 29 instituições integrantes da Rede Complementar de Suporte Social ao Dependente Químico. As parcerias, firmadas pela Subsecretaria de Políticas sobre Drogas da SEEJ, têm a finalidade de dar continuidade à recuperação e tratamento de dependentes químicos. A solenidade de renovação foi realizada nesta sexta-feira (12), na Cidade Administrativa.

Segundo o secretário de Estado de Esportes e da Juventude, Eros Biondini, a renovação representa o compromisso do Governo de Minas no cuidado e atenção aos dependentes químicos e familiares. “Reconheço a eficácia dos serviços prestados pelas comunidades terapêuticas e não poderia deixar de dar a minha contribuição para assegurar os recursos e, consequentemente, o tratamento às pessoas acometidas pela dependência do álcool e outras drogas”, afirmou.

Para a presidente da Associação de Dependentes Químicos e Familiares (ADQF), Ana Martins Godoy Pimenta, o repasse desses recursos é fundamental para a prestação de serviços oferecidos pela comunidade, que recebe pessoas de qualquer cidade de Minas Gerais desde 2005. Ela explica que, atualmente, a ADQF oferece 15 vagas para abrigamento temporário, 30 ambulatoriais e 90 destinadas ao apoio às famílias em parceria com o governo do Estado.

Uma nova esperança

Para Luiz Fernando Pereira Rodrigues, 30 anos, que foi beneficiado pelas ações de assistência aos dependentes químicos, sem o acolhimento e tratamento oferecido pela comunidade terapêutica seria impossível se livrar das drogas. “A droga entrou em minha vida na adolescência através do álcool, depois experimentei maconha, cocaína e até o craque. Só conseguia encontrar prazer nas drogas e me tornei um escravo dela”, explicou.

“Decidi me tratar na comunidade terapêutica Reviver e há oito anos resgatei meus valores, minha vida e a de minha família. Ressalto que se a comunidade não tivesse parceria com o Governo, a restauração não teria acontecido por falta de recursos financeiros”, afirmou Luiz Fernando, que chegou a ser preso por vendas de drogas e, hoje, sonha em ser psicólogo. Desde o final de seu tratamento, se dedica de forma voluntária à recuperação de outras pessoas.

De acordo com o subsecretário de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides, trata-se do reconhecimento dos trabalhos prestados pelas comunidades, consideradas referências em todo o país no apoio a instituições do 3º setor no atendimento aos usuários de álcool e outras drogas. “São mais de 40 mil pessoas atendidas desde 2005 com resultados positivos, iniciando na melhoria de infraestrutura e equipe de atendimento até na estrutura de práticas que possibilitam a reinserção aos dependentes”, avaliou. 

Atualmente, o programa Rede Complementar de Suporte Social na Atenção aos Dependentes Químicos oferece 1600 vagas/mês em três tipos de atendimentos: ambulatorial, permanência dia e abrigamento temporário.