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19h35min - 13 de Junho de 2013 Atualizado em 09h14min - 18 de Novembro de 2013

VÍDEO: Governo inicia obra de restauração e reforma da Escola Estadual Governador Milton Campos

Revitalização está orçada em R$12 milhões e busca resgatar características do projeto original do arquiteto Oscar Niemeyer

O vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, e a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, realizaram, nesta quinta-feira (13), cerimônia de lançamento do início das obras de restauração e reforma da Escola Estadual Governador Milton Campos, em Belo Horizonte. O Estadual Central, como é conhecido, é uma das escolas estaduais mais importantes de Minas Gerais e traz, em sua história, a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer na construção de sua sede. As obras buscam fazer com que a Unidade I, desenhada pelo arquiteto, volte a ter as características do projeto original. O Governo de Minas vai investir cerca de R$12 milhões nas obras de restauração e reforma, que também preveem intervenções na Unidade II da escola.

Ex-estudante do Estadual, o vice-governador ressaltou a importância da escola para Minas Gerais e destacou a restauração. “Essa escola é uma obra com a arquitetura de Niemeyer que marca Belo Horizonte, onde ele começou a sua carreira. Além disso, há a importância pelo que essa escola já proporcionou a tantas gerações, e continua a proporcionar. E esse é um trabalho faz parte daquilo que é a missão da Secretaria de Educação, que é dar um ensino de qualidade e apropriar a todas as escolas da nossa imensa rede as condições ideais para que ela possa acolher os alunos e ministrar as aulas”, destacou.

Alberto Pinto Coelho estudou no Estadual entre os anos de 1965 e 1967. Ele guarda boas recordações da escola. “Estar aqui hoje é voltar no tempo, lembrar de momentos inesquecíveis da juventude, da busca do saber e do conhecimento. Eu me sinto feliz pela oportunidade que tive de estudar aqui, de ganhar o conhecimento nesse colégio. Estar aqui é voltar a um tempo saudoso inesquecível”. O vice-governador recebeu, do diretor da escola, Jefferson Lopes Gonçalves Pimenta, o histórico estudantil do tempo em que frequentou a instituição.

Resgate do projeto original

Inaugurada em 1956, a Unidade I do Estadual Central foi concebida para remeter a elementos utilizados no espaço da escola à época. A unidade, que abriga as salas de aula, lembra uma régua, o auditório da escola faz menção a um mata-borrão, enquanto a caixa d’água da escola remete a um giz utilizado em um quadro negro. Todos os prédios serão restaurados de acordo com as características originais, mas também há previsão de modernizações que vão garantir mais conforto para os alunos. O bloco que abriga as salas de aula, por exemplo, vai ganhar uma plataforma de deslocamento vertical para melhorar as condições de acessibilidade, além de telhas termo-acústicas, que diminuem os ruídos externos, e quebra-sóis, que vão impedir a incidência direta da luz do sol nas salas de aula.

O bloco do auditório também será restaurado e vai passar por modernizações. O prédio, que tem capacidade para 400 pessoas, vai ganhar um novo sistema de ar-condicionado e som, mais eficiente que atual, além de novas esquadrias. Outra intervenção será a impermeabilização da laje de cobertura. A área de jardim do Estadual Central também será completamente reformada.

Já na unidade II, onde estão localizadas as quadras poliesportivas, será construído um anexo que receberá, entre outros espaços, os vestiários e os laboratórios de química e de ciências. As obras serão acompanhadas pelo Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop) e têm previsão de execução de um ano e meio.

“Esse investimento não é só para manter este patrimônio arquitetônico e histórico, mas para termos as melhores condições de avanços educacionais e que essa escola continue na liderança da formação de cidadãos mineiros. O Estadual merece esse investimento porque é um patrimônio de Minas Gerais”, ressaltou a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola.

História do Estadual Central

A história do Colégio Estadual iniciou-se no dia 05 de fevereiro de 1854, com a instalação do Liceu Mineiro em Ouro Preto, na Rua do Rosário, primeiro estabelecimento de ensino público criado em Minas Gerais. Em 1º de dezembro de 1890, o governador do Estado de Minas Gerais, Crispim Jacques Bias Fortes, assinou um decreto suprimindo o antigo Liceu e criando um estabelecimento de instrução secundária, dividindo em internato e externato. O internato foi instalado na cidade de Barbacena e o externato na antiga capital do Estado, Ouro Preto, funcionando no mesmo solar da Rua do Rosário, sob a denominação de Ginásio Mineiro.

Em 1898, externato do Ginásio Mineiro foi transferido de Ouro Preto para Belo Horizonte e, em março de 1943, foi autorizado a funcionar como Colégio, com a denominação de Colégio Estadual de Minas Gerais.

Em fevereiro de 1954 foi celebrado o centenário de sua fundação. Em março de 1956, passou a funcionar no atual local, com as obras projetadas pelo arquiteto Oscar Niemayer. A partir de 1963 fundaram-se os Ginásios anexos da Serra, Gameleira, Sagrada Família, Santo Antônio, Lagoinha e Coração de Jesus, daí recebendo a denominação de Colégio Estadual Central.

Em janeiro de 1972, passou a denominar-se Colégio Estadual Governador Milton Campos. Em fevereiro de 1973, o departamento Central e o Ginásio Anexo Santo Antônio passaram a constituir-se uma unidade escolar autônoma de 2º grau, desvinculando-se dos outros ginásios anexos sob denominação de Escola Estadual de 2º grau Governador Milton Campos, recebendo, posteriormente, em 1978 a atual denominação: Escola Estadual Governador Milton Campos. Em 2006, a Escola completou 50 anos de existência, no local atual.

Nomes importantes do cenário político, artístico, esportivo e cultural de Belo Horizonte e do país estudaram no Estadual Central. Entre o vice-governador Alberto Pinto Coelho, a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Getúlio Vargas, o escritor e jornalista Fernando Sabino, o do ex-jogador de futebol Tostão, e o economista  Paulo Roberto Haddad, ex-ministro da Fazenda.

Números

O espaço das duas unidades da escola somado é de 11 mil metros quadrados, onde há, de manhã, à tarde e à noite, um total de 3.200 alunos matriculados regularmente no Ensino Médio. Esses alunos estão distribuídos em 50 salas de aula – 30 na Unidade I e outras 20 na Unidade II. Eles também têm aulas em três laboratórios, de Química, Biologia e Física, e em três salas de vídeo. A cada ano, entre 700 e 800 alunos se formam na escola, enquanto outros 900 entram.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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