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Educação

19h04min - 01 de Novembro de 2013 Atualizado em 09h08min - 18 de Novembro de 2013

VÍDEO: Projeto de escola da RMBH estimula bom comportamento dos alunos

Unidade de ensino de Mateus Leme criou sua própria moeda para premiar ou punir estudantes, de acordo com as ações praticadas por eles

Para melhorar o comportamento dos alunos, a Escola Estadual Elias Salomão, de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, criou sua própria moeda. Os “Elits”, como é chamada a moeda exclusiva da escola, funcionam como pontos: os alunos com bom comportamento ganham “Elits”, enquanto os que não obedecem perdem.

A ideia da moeda veio de uma conversa informal entre os educadores da escola, mas cresceu e foi colocada em prática no dia 1º de outubro. “Iniciamos o projeto no quarto bimestre como uma experiência, para aprimorarmos e, no ano que vem, entrarmos com ele desde o início do ano letivo”, diz a professora da escola e uma das idealizadoras da iniciativa, Eliete Oliveira.

No começo do projeto, cada aluno da escola – independente de suas notas ou comportamento – recebeu 3 mil “Elits”. De acordo com seu comportamento ganhava ou perdia desse “dinheiro”. Por exemplo, um aluno que vai à aula sem uniforme perde 100 pontos, enquanto um que usa o uniforme todos os dias ganha 200 pontos. Eles também ganham pontos por livros lidos, pela pontualidade, pelos deveres de casa e participação em sala, e perdem se chegam atrasados, quando não fazem o dever ou se o deixam incompletos, se usam corretivo, boné ou celular.

Apesar de o projeto ser novo, a professora afirma que já é possível perceber algumas mudanças no comportamento dos alunos. “Por exemplo, agora eles se apressam mais para entrar na escola antes das aulas começarem e a cantineira falou que eles pararam de empurrar e de furar a fila da merenda”, conta. Ainda segundo Eliete, pessoas que estão contratando menores aprendizes estão dando preferência pra alunos da escola.

Dependendo da pontuação no último dia do projeto, 10 de dezembro, o aluno pode ganhar brindes ou participar de atividades que a escola vai realizar a partir do apoio de patrocinadores da cidade. Já são planejados um passeio a um shopping e a um clube e um luau na escola. “Conseguimos um ônibus pra levar os meninos ao shopping e um patrocinador falou que vai pagar o cinema para eles. Também já temos bolas, vale compras em sapataria, perfumaria e boutiques, boné, mochila, por exemplo. Alguns patrocinadores preferiram ajudar com dinheiro, que vai ser usado nas atividades ou em outros brindes”, diz Eliete. Já os que perderem mais “Elits” do que ganharem e tiverem menos de 3 mil no final do projeto vão participar de um projeto social com a equipe da escola.

Outros professores estão vendo o resultado do projeto dentro da sala de aula. Sandra Duque, que dá aula de Geografia para os 6º e 7º anos do ensino fundamental, acredita que a troca do bom comportamento por pontos é eficiente. “Eles se tornam melhores alunos e tem um ganho maior com isso, não só didaticamente, mas também materialmente. Eles vêem o resultado nas mãos deles e esse poder de troca incentiva o bom comportamento”, afirma.

Ítalo Brayan, do 7º ano, está gostando da iniciativa’. “Muito bom, o comportamento cada vez melhor. Antes meus colegas falavam demais, agora ninguém quer perder. Eu já tinha um bom comportamento antes, mas agora tenho mais. Quero ganhar todos os ‘Elits’”. O aluno conta que espera ansiosamente os passeios e brindes que virão no final do ano.

Ítalo provavelmente vai terminar o ano com muitas moedas, mas seu saldo será zerado no último dia de projeto, quando trocará os pontos por passeios e brindes. Em 2014, o projeto começa no início do ano letivo. “Vamos ter que ser mais criteriosos no próximo ano, quando continuarmos com o projeto. Temos alunos que não aderiram e alunos que não conseguiram muitas moedas. Acredito que quando eles virem os colegas trocando por atividades e prêmios, não vão querer ficar de fora no ano que vem”, afirma Eliete Oliveira, idealizadora do projeto. A escola tem aproximadamente 1.200 alunos dos ensinos fundamental e médio, e cerca de 80% deles estão fazendo o possível para acumular ‘Elits” para trocá-los por brindes em dezembro.

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