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Minas Gerais vai avançar mais em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A nova perspectiva veio com a formalização, nesta semana, de um memorando de entendimento entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), e o Instituto de Avaliação de Tecnologia Industrial da Coreia do Sul (Keit - Korea Evaluation Institute of Industrial Technology).

De acordo com o superintendente de Projetos Especiais da Sede, Hugo Velloso, o protocolo assinado é a primeira etapa neste acordo que vai fortalecer os laços entre Coreia do Sul e Minas Gerais, por meio da troca de expertises e conhecimentos, com ênfase na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

"A Coreia do Sul tem interesse em desenvolver novas tecnologias em conjunto com Minas Gerais, agregando as expertises mineiras e as tecnologias sul-coreanas para aplicar no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias", enfatiza Velloso.

Uma das motivações para a parceria é o fato de o governo sul-coreano possuir estratégias extremamente desenvolvidas de tecnologia, como uma aerotrópole em permanente desenvolvimento. Desse modo, faz parte dos planos da gestão estadual acompanhar e trazer o modelo de aerotrópole e estabelecer o intercâmbio de informações para que as tecnologias “possam ser aplicadas no Vetor Norte e também para o desenvolvimento do entorno dos aeroportos, na formação das chamadas cidades inteligentes, dentro de um contexto do planejamento territorial", completa.

O protocolo tem prazo de três anos e, com base no planejamento que está sendo iniciado neste momento, pode-se chegar a um estágio propício à renovação. "Tudo dependerá dos projetos, do escopo da parceria", finaliza.

Filtro e seleção

A assinatura do memorando é o primeiro passo para que, agora, seja formada uma agenda de trabalho e um cronograma de atividades com as equipes envolvidas. Conforme informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), estão sendo estudadas propostas principalmente nas áreas de Defesa e indústria aeroespacial. Os selecionados vão receber investimentos tanto do governo sul-coreano, como também da administração estadual.

Um dos possíveis projetos que podem ser implantados a partir da parceria é o do Instituto Mineiro de Tecnologia da Informação (IMTI), que é também o interlocutor, nesta fase inicial, entre os governos de Minas Gerais e da Coreia do Sul. Como explica o diretor técnico científico do IMTI, Mauro Lambert, há a possibilidade de um acordo de cooperação para produzir drones que resolvam grandes problemas nacionais.

"Não se deve confundir com os drones de observação", alerta Lambert. “O projeto prevê a fabricação de drones de porte médio, com capacidade de carga de até 500kg. Eles poderão ser empregados, por exemplo, em solução de problemas como pulverização de grandes plantações, transporte de cargas urgentes, acesso a locais remotos, com produção sob demanda e personalizada para diferentes objetivos", esclarece.

Nos próximos meses, não só o IMTI, mas também outras empresas vão reunir documentos e informações sobre seus projetos. As propostas serão analisadas pelas equipes responsáveis pela seleção e refinamento, para que sejam definidas as soluções inovadoras e com potencial tecnológico interessante para o bom andamento deste acordo de cooperação bilateral.