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Segurança / Defesa Social

17h48min - 07 de Novembro de 2014 Atualizado em 17h51min

Após 56 anos, Polícia Civil deixa prédio do antigo DI para obras de reforma

Equipes que apuram homicídios e outros crimes terão novo endereço provisório a partir de segunda-feira (10/11). Investimento passa dos R$ 6 milhões

Depois de amplo projeto para revitalização da fachada, o prédio do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), antigo DI, entra em uma nova etapa da reforma. As obras visam agora a reestruturação e melhoria do ambiente interno do imóvel. Para isso, a equipe de servidores da Polícia Civil que trabalha no local está mudando para a Rua José Ildeu Gramicelli, 51, no Bairro Bonfim. O novo endereço, próximo ao Cemitério Bonfim, fica a aproximadamente um quilômetro da atual sede.

A nova sede provisória do DHPP possui ambiente amplo e funcional, que irá abrigar os quase 200 policiais lotados no Departamento. Além disso, o imóvel conta com elevador e rampas, atendendo assim à população com necessidades especiais de locomoção. Para o chefe do DHPP, delegado Wagner Pinto, o prédio localizado na Avenida Antônio Carlos passará por melhorias que irão trazer benefícios tanto para a população quanto para os servidores da polícia que trabalham no local. Ele destaca ainda que a mudança de endereço é em caráter temporário. “Após a conclusão da reforma, os trabalhos desempenhados pelo DHPP voltam a ser exercidos no endereço tradicional, no Bairro São Cristóvão”, explica.

O chefe do Departamento ressalta que, apesar da reforma, o prédio ainda continuará sendo utilizado como ponto de partida dos rabecões (veículos usados na remoção de corpos). “O local permanece sendo uma área de segurança pública, portanto, as vagas de estacionamento exclusivas também permanecem”, explica o delegado. Devido à reforma, a Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, que também pertence ao DHPP, está em funcionamento na Avenida Brasil, 464, Bairro Santo Efigênia, desde o mês de maio.

Investimento

Segundo a Assessoria de Planejamento Institucional (API) da Polícia Civil, a reforma do prédio foi dividida em duas etapas: externa e interna. Portanto, foram necessários processos licitatórios independentes. As obras na área externa do prédio duraram 14 meses. Apesar de a fachada não ser tombada pelo Patrimônio Histórico, existe interesse da Prefeitura de Belo Horizonte na preservação de todo o complexo da região da Lagoinha. Por isso, o projeto foi pensado a fim de não produzir alterações nos aspectos arquitetônicos originais do prédio, preservando assim suas características originais.

Para cuidar da revitalização da área externa foi contratada a empresa Extra Engenharia. Quanto à reforma interna, o projeto executivo ficou a cargo da empresa Focus Arquitetura. A execução da obra ainda será licitada. De acordo com a API, a Polícia Civil de Minas Gerais, no dia 4 de outubro, autorizou o Departamento de Obras Públicas (Deop) do Estado de Minas Gerais a realizar a reforma interna do prédio, mas é ainda necessário aguardar a publicação do edital.

O investimento na revitalização da área externa do edifício ficou em R$ 1,789 milhão. Cerca de R$ 207 mil foram pagos pelo projeto executivo da reforma interna. O valor de referência das obras que serão executadas no espaço interno é de 4,750 milhões.

A previsão é a de que as obras no interior do edifício tenham início em janeiro de 2015 e término em dezembro do mesmo ano. Toda a reforma está sendo financiada pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio de operação de crédito do Banco do Brasil.

Obra foi inaugurada por JK em 1958

A construção do prédio que vem sendo usado há vários anos como sede do DHPP foi instituída pela Lei 1527, de 31 de dezembro de 1956, assinada pelo Governador José Francisco Bias Fortes. Na ocasião, a Unidade em funcionamento no local era o então Departamento de Investigações (DI). O prédio foi instalado próximo ao Conjunto IAPI e ao Hospital Odilon Behens, tendo aos fundos do imóvel o aglomerado da Pedreira Prado Lopes.

A inauguração oficial do prédio do Departamento, em 1958, contou com a participação do então presidente da república, Juscelino Kubitschek de Oliveira. A cerimônia teve ainda a presença do governador do Estado, José Francisco Bias Fortes, do prefeito da capital, Celso de Melo Azevedo, do secretário de Segurança Pública Paulo Pinheiro Chagas, do primeiro chefe do Departamento de Investigações Helvécio Antônio Horta Arantes, entre outas autoridades. A população também compareceu em grande número.

Durante anos, o DI abrigou diversas delegacias especializadas, mas por meio do Decreto nº 44.712, de 30 de janeiro de 2008, a Unidade foi extinta para a criação do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP). A nova sigla, DHPP, foi definida durante reunião realizada no dia 11 de julho de 2011. Também passaram por readequação de nomenclatura a Divisão de Crimes Contra a Vida, renomeada Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), e a Divisão Especializada de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD).

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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