O Caminho Religioso da Estrada Real: de Padroeira a Padroeira, projeto em implantação pelo
Governo de Minas por meio de parceria entre secretarias de Estado e representantes de Dioceses e Arquidioceses de abrangência do Caminho Velho da Estrada Real, do Novo e do Sabarabuçu, será um roteiro integrado de turismo religioso à disposição dos turistas nacionais e internacionais.
Em destaque na capa da edição da revista
Veja BH desta semana, o projeto envolve 86 municípios, com 1.033,5 quilômetros (incluindo a bifurcação de Ouro Preto) destinados à peregrinação e meditação, situados entre os santuários da Serra da Piedade, em Minas Gerais, e da Padroeira do Brasil, em Aparecida, São Paulo. A previsão é a de que as intervenções sejam concluídas até abril, segundo informações da
secretaria de Estado de Turismo e Esportes.
Planejado para que os turistas e visitantes percorram o trajeto a pé, a cavalo ou de bicicleta, o roteiro possui demarcações para que os visitantes possam se orientar por meio das sinalizações e guias ilustrados com mapas. Nessa opção que se enquadra no segmento de turismo religioso, estão reunidas 37 localidades, num circuito inspirado pela rota de Santiago de Compostela, na Espanha.
Como opções para conhecer mais da arte, história, gastronomia e religiosidade mineira, os visitantes podem partir, por exemplo, de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, aponta a reportagem. Saindo de lá, o primeiro passo é dado no Santuário Nossa Senhora da Piedade, referência para devoção da padroeira de Minas. O santuário, que fica no topo de uma montanha, a 1.746 metros de altitude, reúne obras e memórias de sua criação, em 1797, e pode ser visto de nove cidades diferentes.
No trajeto até Aparecida, destino final do Caminho Religioso, os visitantes passam pelas cidades de Mariana (cidade histórica mineira onde está, por exemplo, o Santuário de Nossa Senhora do Carmo), Catas Altas (Santuário do Caraça), Lagoa Dourada (referência em gastronomia), Ouro Preto (patrimônio mundial da humanidade), Carrancas (polo do ecoturismo no Sul de Minas), Cruzília (terra do "melhor queijo do Brasil"), Passa Quatro (memória viva da história de Minas Gerais) e Guaratinguetá (cidade paulista onde nasceu o primeiro santo brasileiro, Frei Galvão).
De acordo com a revista, ao partir de Caeté, o visitante terá como destino final o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. No ponto de chegada, mais uma opção para a reflexão e a busca da espiritualidade, já que pode ser visitado o segundo maior templo católico do mundo. O espaço só não é maior que a famosa Basílica de São Pedro, no Vaticano. O trajeto, no entanto, é de mão dupla, e não há, segundo a Secretaria, um marco zero ou ponto final pré-estabelecidos.