• Salvar PDF
• Imprimir
• Enviar por email

O visitante que chegar a Minas Gerais durante a Copa do Mundo vai encontrar um dos climas mais agradáveis do país. Não haverá frio cortante, nem calor escaldante durante o Mundial na região. A altitude da capital, com média de 852 metros e limite de 1.352 metros, suas coordenadas geográficas e as especificidades climáticas de inverno vão proporcionar um ambiente acolhedor para quem vem do exterior ou de outros estados.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura na capital mineira deve variar entre 13,1°C (55.5°F) e 26,5°C (78.8°F) no inverno. A estação mais fria do ano chegará às 7h15 do dia 21 de junho, data do confronto entre Argentina e Irã, no Mineirão. “Do ponto de vista climático, a principal vantagem de Belo Horizonte é que a possibilidade de ocorrerem transtornos causados por chuvas é muito pequena e a temperatura tende a ser muito agradável,” afirma o coordenador do 5° Distrito Meteorológico (Disme) do Inmet, Lizandro Gemiaki. Segundo ele, a capital mineira sofre a atuação da alta subtropical do Atlântico Sul no período, que é um sistema de alta pressão atmosférica, proporcionando céu mais limpo. “Principalmente no período da tarde, é frequente a entrada de massas de ar frio, que provoca queda de temperatura,” detalha.

Em todo o Estado, há uma grande variação climática e ausência de chuva no período. “Há clima quente e seco no Norte (Montes Claros), Noroeste (Unaí) e Triângulo Mineiro (Uberlândia); quente e um pouco mais úmido no Leste (Governador Valadares) e Nordeste (Teófilo Otoni) de Minas; enquanto que no Sul (Varginha) e parte do Oeste (Divinópolis) é frio e seco. Na Zona da Mata, os dias são frios, mas não tão secos devido à proximidade do oceano,” explica. Nos picos da Serra da Mantiqueira, que se estende por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a temperatura pode ser negativa.

Umidade

Entretanto, um dos aspectos climáticos que despertam atenção no inverno de Belo Horizonte é a baixa umidade relativa do ar. A estiagem prolongada colabora para esse feito, podendo chegar, em alguns dias, a menos de 20%. “É muito provável que ocorram níveis críticos de umidade, abaixo de 30% nesse período, principalmente à tarde,” diz Gemiaki. Nessas condições, a recomendação é evitar atividades físicas ao ar livre. O período em que a umidade do ar fica mais perceptível é entre 13h e 16h.

O coordenador do 5° Disme apresenta algumas recomendações, endossadas pela Organização Mundial de Saúde, para enfrentar a baixa umidade do ar:

Entre 21 e 30% - Estado de atenção                                                                                                  

- Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h;

- Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.;

- Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.;

- Consumir água à vontade.

Entre 12 e 20% - Estado de alerta                                                                                                      

- Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h;

- Evitar aglomerações em ambientes fechados;

- Usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Abaixo de 12% - Estado de emergência

- Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10h e 16h, como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc.;

- Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas etc., entre 10h e 16h;

- Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.