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Saúde

15h08min - 28 de Abril de 2015 Atualizado em 15h06min

Especialização em Saúde Pública da ESP-MG é referência em capacitação de profissionais do SUS

Curso mais antigo da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais é referência na formação de sanitaristas e militantes em prol da saúde pública

Divulgação/ESP-MG
Uma das alunas do curso de Especialização em Saúde Pública, a farmacêutica Fernanda Maria Lacerda, coordenadora do Núcleo de Atenção Básica à Saúde (NAPRIS), da Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre
Uma das alunas do curso de Especialização em Saúde Pública, a farmacêutica Fernanda Maria Lacerda, coordenadora do Núcleo de Atenção Básica à Saúde (NAPRIS), da Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre

Minas Gerais abriga uma referência nacional na área de especialização em saúde pública. Trata-se da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), que vem desenvolvendo ações cada vez mais estratégicas no setor, principalmente através da capacitação de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS). Destaca-se, neste sentido, a formação de sanitaristas voltada a trabalhadores já atuantes no SUS, estimulando a análise dos estudos e pesquisas na área como da saúde e discutidno práticas e métidos de trabalho nas instituições de saúde do estado.

A ESP-MG tem uma longa tradição no assunto. A primeira edição do curso de especialização em Saúde Pública foi realizada em 1947, um ano após a criação da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG). Nessa época o Brasil encarava surtos de esquistossomose e ancilostomose (amarelão). A atual edição do curso de especialização em saúde pública, iniciada em agosto de 2014, conta com uma turma de 38 alunos de diversas áreas de formação, como enfermagem, pedagogia, fonoaudiologia, farmácia, odontologia, biologia, nutrição, serviço social e medicina veterinária. A especialização é realizada em 460 horas com atividades presenciais e tutoria.

Os alunos atuam na saúde pública de Arcos, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Careaçu, Carvalhópolis, Cristais, Ervália, Itabira, Jequitinhonha, Nazareno, Nova Serrana, Onça de Pitangui, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Sabará e Santa Luzia. Os trabalhos de conclusão de curso são intervenções no âmbito de atuação profissional dos alunos, revisão de literatura sobre o tema proposta ou um relato de experiência exitosa dentro da prática profissional.

Para a superintendente de Educação da ESP-MG, Ludmila Brito Melo Rocha, a visão da escola é ser referência nacional na integração do ensino, serviço e pesquisa – e os cursos unem todos esses elementos. “Não formamos apenas sanitaristas, e sim cidadãos e profissionais da saúde pública críticos, politizados e capazes de entender a complexidade do sistema”, afirma.

Uma das alunas do curso, a farmacêutica Fernanda Maria Lacerda, coordenadora do Núcleo de Atenção Básica à Saúde (NAPRIS), da Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre, destaca a possibilidade de maior engajamento em defesa do SUS e a vivência em sala de aula que permite ver o quanto o sistema é desconhecido e mal interpretado. “O SUS é um sistema muito jovem, com muitos desafios e que precisa de ajuda para ser conhecido, compreendido e reconhecido”, destaca.

Estando à frente da maior regional de saúde do Estado, responsável pelo atendimento de 53 municípios, a farmacêutica enfatiza a satisfação e o desafio de expandir e fortalecer a atenção básica nos municípios e que os novos conhecimentos a auxiliam nesse delicado processo. “Pretendo utilizar os conhecimentos adquiridos na especialização e compartilhar com os municípios o desenvolvimento da gestão de pessoas, a produção de conhecimento para a atenção à saúde no âmbito do SUS e contribuir para a organização do sistema e a melhoria da qualidade dos serviços para a população”, comemora Fernanda.

Histórico da ESP-MG

A partir de 1948, a saúde passou a ser reconhecida como importante função administrativa de governo e a formação em Saúde Pública era voltada apenas para médicos, como diploma indispensável para ingresso na carreira de sanitarista da Secretaria de Saúde e Assistência de Minas Gerais.

Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1990, a Reforma Sanitária e a própria constituição da Saúde Coletiva, a formação desses profissionais ocorreu por meio da combinação entre formação acadêmica de diferentes modalidades (graduação e pós-graduação) e sua prática profissional.

Nesse período, a última edição do curso foi em 1989, época em que tanto a ESP-MG como a especialização passaram por significantes reformulações, retomando em 2012 como uma capacitação estratégica para a formação de sanitaristas, voltada a trabalhadores já atuantes no SUS, estimulando a análise dos estudos e pesquisas na área da saúde, discutindo práticas e métodos de trabalho nas instituições de saúde no Estado.

Acreditação Pedagógica

Desde 2014 a especialização está no processo de Acreditação (ferramenta de reconhecimento formal de que as instituições acreditadas atendem a requisitos previamente definidos e demonstra ser competente para realizar determinada atividade) pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

“Um passo importante para a ESP-MG e uma garantia para a formação de profissionais da saúde coletiva no âmbito do SUS, servindo também como autoanálise institucional, qualitativa e de autogestão”, comemora a pedagoga e assessora da diretoria da ESP-MG, Juliana Mesquita. Ela ainda destaca que a intenção é expandir a Acreditação para outros cursos que tenham regularidade de oferta.

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