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O secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, reuniu-se, pela segunda vez, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, para uma agenda oficial. Em Belo Horizonte, juntamente com o bispo de Teófilo Otoni, Dom Aloísio Jorge Vitral, o encontro teve como principais pontos a questão indígena no território mineiro e o apoio à comunidade Maxacali, localizada na região do Vale do Mucuri.

“É premente uma assistência mais digna e eficiente a esta comunidade, uma vez que ela demonstra particularidades e demandas complexas e plurais. Não mediremos esforços na luta pela preservação e difusão da cultura indígena em Minas Gerais”, ressaltou o secretário André Quintão.

Em fevereiro, o ministro Patrus Ananias já havia recebido, em Brasília, o secretário André Quintão, para tratar sobre parcerias e projetos para o desenvolvimento social. Iniciativas de inclusão produtiva, emprego e renda e apoio à agricultura familiar em Minas voltaram a ser debatidas nesta nova agenda entre as pastas, realizada na última sexta-feira (8/5).

O projeto

A Sedese já desenvolve um projeto de Economia Solidária nas aldeias Maxacali, em conjunto com os indígenas e a Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No encontro que ocorreu na capital, o projeto desenvolvido com os Maxacali foi apresentado ao bispo Dom Aloísio.

O projeto compreende atividades como criação e comercialização de animais (aves, peixes e gado); confecção de produtos artesanais (utensílios e roupas); cultivo de hortaliças e produção de mel; plantação de arroz e cana; fabricação de rapadura, farinha, dentre outros produtos da agricultura familiar. Todo o planejamento é realizado em conjunto com as tribos.

Atualmente, a iniciativa está em fase de contratação das entidades que vão cuidar da qualificação dos indígenas. Mais de R$ 600 mil serão investidos na qualificação, que também envolverá comunidades Quilombolas e Ribeirinhos nas Regiões Norte de Minas e Vale do Mucuri.

Nesta etapa, serão realizados cursos, solicitados pelos próprios índios, nas áreas de agricultura familiar e orgânica, associativismo e cooperativismo, criação de frango e galinha, fabricação de produtos, piscicultura, bovinocultor (corte e leite), noções de gestão de comercialização, marketing e comunicação com ênfase em vendas, corte e costura e horticultura.

Após conhecer o projeto, Dom Aloísio disse que a Diocese de Teófilo Otoni irá apoiar as atividades desenvolvidas pela Sedese com as comunidades indígenas da região, por meio do Comitê Gestor do projeto.