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O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares, recebeu os representantes do sindicato dos taxistas na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (20/5). Os motoristas, que participam de um movimento nacional contra o uso do aplicativo Uber, que oferece transporte aos passageiros em carros de luxo, entregaram um documento com as reivindicações da categoria ao secretário.

O sindicato solicitou o cancelamento do aplicativo em Minas Gerais, sob a alegação de que o serviço é ilegal, e uma maior fiscalização do Estado para coibir as ações clandestinas de transporte. De acordo com os representantes dos taxistas, desde que a ferramenta chegou à capital, houve uma queda de 30% do faturamento, o que tem ameaçado a categoria, promovido o sucateamento da frota e comprometido a segurança dos passageiros.

Após ouvir as reivindicações, Murilo Valadares disse que o Estado vai intermediar a discussão e acionar o Ministério Público Estadual e Federal para estudar uma solução para o caso. "Apoiamos vocês nessa luta. Vamos apoiá-los. Vamos usar nossos instrumentos para encaminhar as soluções. Não apoiamos nada clandestino", frisou o secretário.

Murilo Valadares também enfatizou que a proibição do aplicativo no país, como exigem os taxistas, não depende de Minas Gerais e sim da União. "Isso vai ser uma luta muito maior. Não adianta sair do ar em Minas Gerais. Isso é uma questão nacional. Por isso, vamos acionar o Ministério Público Federal", salientou.

O secretário ainda ressaltou a importância dos sindicatos para que as fiscalizações se tornem mais efetivas e sugeriu uma reunião mensal da categoria com os representantes dos órgãos fiscalizadores do Estado, como o DER e a Polícia Militar. "Precisamos estreitar nossa relação com os sindicatos para fazer uma melhor estratégia", disse.

Os motoristas foram recebidos na Cidade Administrativa após participarem de uma carreata contra o transporte clandestino pelas ruas da capital. Os taxistas estavam concentrados em frente ao Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão.