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Agricultura

10h02min - 11 de Junho de 2015 Atualizado em 09h47min

Famílias do Jequitinhonha formam agroindústrias para vender derivados da mandioca

Com o auxílio da Emater-MG os produtores são indicados para diversos canais de comercialização local e regional, como feiras e empresas

Divulgação/Emater-MG
Mandioca é uma das principais fontes de renda no Vale do Jequitinhonha
Mandioca é uma das principais fontes de renda no Vale do Jequitinhonha

Agricultores de Almenara estão montando agroindústrias de produtos derivados da mandioca. Cerca de 580 famílias, distribuídas em 52 associações, criaram 10 mini-indústrias. A mandioca é base da alimentação e uma das principais fontes de renda no Vale do Jequitinhonha.

O apoio técnico vem da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que oferece orientação para a seleção das sementes,  preparo da terra e outros sistemas de produção, como o  cultivo Irrigado, método mais indicado para climas secos.

Para formar as agroindústrias, as famílias interessadas são cadastradas, divididas em associações que recebem orientação de plantio. Juntas, elas comercializam a raiz e produzem farinha e polvilho. Os produtos são legalizados sanitariamente para a comercialização. Na região, estes grupos são conhecidos como farinheiras comunitárias.

A Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Agricultura Familiar de Almenara (APPRA) centraliza, orienta e representa todas as associações.  Além disso, articula com os produtores a venda de farinha e polvilho para Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

A extensionista de Bem-Estar Social da Emater, Milene Oliveira, explica como o trabalho é feito: "Além de orientações de plantio, nós também indicamos cada farinheira para diversos canais de comercialização, como feiras e empresas. E isso facilita nos lucros, pois, o produto é vendido diretamente para o consumidor final" comenta.

Para a agricultora familiar Maria da Glória Pinheiro, de 45 anos, a formação das agroindústrias foi útil. "Com farinheira, estamos com mais retorno nas vendas. O transporte dos produtos ficou mais fácil porque hoje o carro leva a carga diretamente para o consumidor final" ressalta.

Sobre cultivo irrigado

O extensionista agropecuário da Emater-MG, Artur Rebouças, explica que cultivo irrigado é o plantio  com irrigação recorrente. O resultado é a aceleração do crescimento e o desenvolvimento da mandioca.  Com esse plantio o produtor diminui o ciclo produtivo de 20 meses para 12 meses. Além disso, no ciclo normal a produção gera normalmente de 12 toneladas por hectare. Com o cultivo irrigado, a produção aumenta para 16 toneladas, resultando em uma economia de 50% de trabalho e uma produção 25% maior.

Ranking

Almenara ocupa o 51º lugar no ranking estadual da produção de mandioca de mesa, com 170 hectares de área total plantada e 840 toneladas do produto colhido, segundo dados do IBGE.

O destaque fica por conta da produção do município da mandioca do tipo industrial. Ocupando o 14º lugar no estado, Almenara tem produção estimada de 7.200 toneladas e área total cultivada de 750 hectares.

Produção Mineira

Bastante cultivada por pequenos agricultores, a mandioca ocupa no país uma área plantada de 2,3 milhões de hectares. Em Minas Gerais, em 2015, o cultivo do tubérculo tem produção estimada em 225.801 toneladas em área de 14.592 hectares, para o tipo mandioca de mesa.

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