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Cris do Morro, um dos líderes do programa Vozes do Morro, tem sua história exibida no curta-metragem vencedor do concurso “The Walkers”, promovido pela empresa detentora da marca Johnnie Walker e comandado pelo cineasta Fernando Meirelles. O filme retrata a história de Cris, cuja música o ajudou a lutar contra as adversidades da vida na favela.

Nesta quinta-feira (6), em São Paulo, a marca promove a estreia dos seis filmes eleitos como os melhores do concurso. As produções contam histórias inspiradas no espírito Keep Walking, mostrando personagens do cotidiano brasileiro que têm transformado a vida das pessoas. Os filmes serão exibidos em salas de cinema e redes sociais, e retratam o progresso do Brasil e de brasileiros reais, como moradores de comunidades de baixa renda, indígenas e artistas de rua. Quarenta e três filmes foram produzidos, espontaneamente, para a empresa.

Como vencedor, escolhido o melhor entre todos os filmes produzidos, o curta-metragem “Cris do Morro” levará a maior parte do prêmio, que será dividido entre os outros cinco selecionados.

Vozes do Morro

O Vozes do Morro é uma iniciativa do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), em parceria com o Governo de Minas e Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão – SertMG, e apoio do Sebrae-MG, lançado em 2008.

Desde então, o programa tem divulgado e promovido a produção musical inédita de moradores de vilas, favelas e aglomerados. No primeiro ano, abrangeu os municípios de BH, Ibirité, Ribeirão das Neves e Santa Luzia e, em 2011, foi ampliado para as áreas de vulnerabilidade social dos 34 municípios da Região Metropolitana de BH. A cada ano são selecionados músicos e bandas de todos os gêneros. Ao longo do ano, os selecionados têm sua música divulgada pelas emissoras de rádio e televisão, em todo o estado.

Para a presidente do Servas, Andrea Neves, o Vozes do Morro tem apresentado um resultado muito especial e se mostrado uma verdadeira força transformadora de artistas de vilas, favelas e aglomerados, por meio da valorização de músicos e de suas comunidades. Além de privilegiar o ineditismo e a diversidade de linguagens musicais, tem um cunho social muito importante porque é programa de democratização, de inclusão cultural e social. “Além de estabelecer novos valores, não só para esses talentos restritos ao espaço onde vivem, representa também referências de sucesso associado à cultura e à capacidade de transformar a vida de cada um”, avalia.