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11h06min - 03 de Dezembro de 2014 Atualizado em 11h11min

Governo de Minas apresenta dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios

Números divulgados referem-se ao ano de 2013 e mostram também os resultados relacionados às áreas de educação, saúde e trabalho

O Governo de Minas, por meio da Fundação João Pinheiro e do Escritório de Prioridades Estratégicas, apresentou nesta quarta-feira (03/12), dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD-MG), edição 2013. Realizada a cada dois anos, com amostra de 18 mil domicílios, a pesquisa traz a caracterização da população do Estado e resultados para as áreas de educação, saúde e trabalho.

As variáveis captadas pela pesquisa são passíveis de desagregação para as dez regiões de planejamento de Minas Gerais ou para as 12 mesorregiões; para as áreas rurais e urbanas, a capital do Estado e a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Resultados

Em 2013 a população de Minas Gerais foi estimada em 20 milhões e 628 mil pessoas, sendo 51,1% mulheres e 48,9% homens. No período avaliado, a RMBH concentrava cerca de um terço da população do estado (31,8%), a região Sul tinha 13,7%, a Zona da Mata 11%, a região Noroeste 1,9%, a região Central 4,1%, e a região que abrange Jequitinhonha/Mucuri abrigava 4,3% da população em Minas.

A razão de dependência total (RDT) em Minas Gerais, quociente entre população potencialmente inativa (zero a 14 anos e 60 anos ou mais) e a população ativa (com idade entre 15 e 59 anos), apresentou queda entre 2009 e 2013. Valores elevados indicam que a população em idade produtiva deve sustentar uma proporção maior de dependentes. Em 2009, a população considerada inativa representava 55% da população ativa. Esse percentual caiu para 50,4% em 2013, consequência tanto de uma diminuição da razão de dependência de jovens, quanto de idosos.

Jequitinhonha/Mucuri foi a região com maior razão de dependência total (62,2%), fruto de uma alta dependência tanto de jovens (40,6%) quanto de idosos (21,6%). Nessa região, tanto a maior fecundidade quanto os fluxos migratórios negativos, que ocorrem principalmente nas idades produtivas, foram responsáveis por essa razão de dependência maior. As regiões Rio Doce, com 56,6%, e Noroeste, com 56,2%, também apresentaram razões de dependência total altas, principalmente devido à maior razão de dependência de jovens.

As regiões com menor sobrecarga da população em idade produtiva foram a RMBH (46,9%), Alto Paranaíba (49,3%) e Zona da Mata (49,9%). A RMBH destacou-se por possuir a razão de dependência de idosos mais baixa (15,2%) e a segunda menor razão de dependência de jovens (31,7%).

Educação

Por meio dos dados da PAD é possível observar que, em 2013, 7,6% das pessoas de 15 anos ou mais eram analfabetas em Minas Gerais, totalizando 1 milhão 219 mil pessoas. Esse percentual de analfabetos foi menor do que o verificado nas edições anteriores da PAD-MG, cujo patamar foi próximo de 9%.

A RMBH apresentou a menor taxa de analfabetismo, de 4,4%, enquanto a maior taxa registrada foi na região do Jequitinhonha/Mucuri (19,9%), patamar pouco menor que o verificado em 2009 (21,5%) e 2011 (20%). A região do Rio Doce apresentou a segunda maior taxa (11,9%) e a região Norte, apesar de ainda ocupar a terceira maior taxa de analfabetismo, apresentou a maior queda ao passar dos 16,0% registrados em 2011 para 11,7% em 2013.

No ano da avaliação, 26,6% da população mineira de 60 anos ou mais era analfabeta. Por outro lado, no grupo etário mais jovem (15 a 19 anos), a proporção de analfabetos era de apenas 0,9%, o que reflete o aumento do acesso ao ensino nas últimas décadas. Esse mesmo comportamento foi observado em todas as regiões de planejamento.

Com exceção da faixa dos 20 a 24 anos, que teve o maior percentual de analfabetismo registrado no Noroeste do estado, a região Jequitinhonha/Mucuri foi a que apresentou maior taxa de analfabetismo nos demais grupos etários, especialmente entre a população idosa (acima de 60 anos), que somou 53,7% de analfabetos. Já a RMBH foi a que apresentou as menores taxas de analfabetismo da população acima de 60 anos (17%) e da população de 15 a 19 anos (0,4%).

Com relação ao nível de instrução atingido pela população mineira com 25 anos ou mais de idade em 2013, observou-se que a maioria (43,9%) tinha o fundamental incompleto, seguida das pessoas que tinham o ensino médio completo (23,4%). É considerável também o percentual de pessoas de 25 anos ou mais que não possuía instrução alguma (9,5%). Destes, mais da metade (55%) tinha mais de 60 anos em 2013. No estado, o percentual de pessoas com curso superior completo e incompleto soma 11%.

A população de Minas Gerais com dez anos ou mais de idade atingiu 7,2 anos de estudo em média em 2013, registrando aumento de 0,3 pontos percentuais quando comparado com 2011 e 2009. As mulheres possuem escolaridade maior que a dos homens, 7,4 anos contra 7,0.

Entre 2011 e 2013, a escolaridade média da população acima de dez anos apresentou aumento em todas as regiões de planejamento, exceto na Zona da Mata. Em uma análise comparativa entre as regiões, a RMBH possuía maior média de anos de estudo (oito anos). Já a população de dez anos ou mais de idade do Jequitinhonha/Mucuri apresentou a menor escolaridade média (seis anos).

O acesso ao ensino fundamental já está praticamente universalizado: 97,9% das crianças e jovens de seis a 14 anos frequentavam estabelecimento de ensino em 2013. Na educação infantil, creche e pré-escola, observou-se que apenas 16,1% das crianças de zero a três anos frequentam a creche. No caso da pré-escola, o acesso ao sistema de ensino das crianças de quatro e cinco anos era bem maior (71,4%). Já no grupo etário de 15 a 17 anos, população alvo do ensino médio, 84,8% frequentavam a escola em 2013. Para o grupo etário de 18 a 24 anos, população alvo do ensino superior, o atendimento foi de 26,1%.

Saúde

Em 2013, 81,5% da população de Minas Gerais avaliou o próprio estado de saúde como muito bom/bom; 15,7%, como regular; e 2,7%, como ruim/muito ruim. O Sul (85,9%) e a RMBH (84,6%) foram as regiões em que se observaram os maiores percentuais de avaliação positiva quanto à autopercepção de saúde. Na região Central, verificaram-se os percentuais mais baixos de autopercepção do estado de saúde (75,9%).

Enquanto a maioria das crianças e adolescentes de zero a 14 anos considerou a própria saúde muito boa ou boa (94,3%), entre as pessoas com 60 anos ou mais, esse percentual ficou em 49,7%.

As mulheres mineiras avaliaram a própria saúde de forma mais negativa que os homens. Enquanto 83,8% deles avaliaram-na como muito boa/boa e 2,3% como ruim/muito ruim, entre as mulheres os percentuais foram de 79,4% e 3,1%, respectivamente.

Além disso, 71,8% da população mineira reportaram não possuir doença crônica alguma; 17,3%, possuir uma; e 10,8%, mais de uma doença crônica. Entre as regiões de planejamento do estado, a Central e o Centro-Oeste apresentaram as maiores prevalências de doenças crônicas (30,8% e 30,7%, respectivamente). Em contrapartida, a RMBH registrou o maior percentual de pessoas sem doença crônica alguma (74,5%).

Trabalho

Estima-se que a População em Idade Ativa (PIA) em Minas Gerais era de 17 milhões e 764 mil pessoas em 2013. Da PIA, 49% eram inativos e 51% estavam no mercado de trabalho como ocupados ou procurando uma ocupação. Entre 2011 e 2013, foram criados 194 mil postos de trabalho, o que fez com que a estimativa de ocupados passasse de 8 milhões 381 mil para 8 milhões 575 mil no período.

A taxa de desocupação, proporção de pessoas no mercado de trabalho sem uma ocupação e à procura de uma, foi de 5,4% para a média do estado de Minas Gerais. A maior taxa de desocupação em 2013 foi encontrada na região Norte, 7,2% da População Economicamente Ativa (PEA), seguida das regiões Rio Doce (6,5%), Jequitinhonha/Mucuri (6,5%), Noroeste (6,5%) e Central (6,1%). As menores taxas ocorreram no Alto Paranaíba (3,7%), no Sul (4%) e na Zona da Mata (4,3%).

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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