15h14min - 08 de Maio de 2015 Atualizado em 15h41min
Proposta é um Centro de Referência Especial de Assistência Social em cada macrorregião de Minas. Serviços são para quem teve direitos violados.
Um Centro de Referência Especial de Assistência Social em cada macrorregião de Minas Gerais. Este é o eixo da estratégia de regionalização dos serviços de proteção social especial no estado. A proposta foi apresentada pela subsecretária de Assistência Social da Sedese, Simone Albuquerque, durante a 3ª reunião do Colegiado de Gestores Municipais da Assistência Social do Estado de Minas Gerais (Cogemas-MG).
“Esta proposta vai aumentar em 22% a cobertura de proteção para famílias e indivíduos vítimas de violência e violação de direitos em Minas Gerais”, sublinhou Simone Albuquerque. A regionalização vai possibilitar a universalização da proteção especial. Atualmente, Minas Gerais possui quatro CREAS regionais e 236 CREAS municipais.
De acordo com a subsecretária, a iniciativa é resultado de um acordo com o governo federal, que prevê o reordenamento dos CREAS, e em algumas regiões mineiras a implantação de novos centros de referência especializados.
A data limite para o pleno funcionamento dos 11 CREAS nas macrorregiões foi acertada para 2017. “O governo estadual assume, a partir de agora, a responsabilidade da oferta desses serviços para os municípios com menos de 20 mil habitantes, o que equivale a 79% das cidades mineiras”, ressaltou Simone Albuquerque. Para alcançar a meta, a Sedese dará início a este processo ainda em 2015.
Mudanças
Dois CREAS serão reordenados, de acordo com os parâmetros nacionais (Resolução CNAS/2013), sete Centros regionais serão construídos com recursos do governo federal e dois outros CREAS serão construídos com recursos estaduais.
“Por enquanto foram definidas apenas as macrorregionais, faremos uma oficina com os municípios abrangidos para definir onde e como será a sede do centro. Os dados são importantes, mas não substituem a proximidade da realidade”, ponderou a subsecretária. A implantação dos CREAS regionais facilitará o assessoramento técnico aos municípios.
Outra medida a ser adotada é a instituição da notificação de violência, o que permitirá um diagnóstico dos territórios. “Muda o olhar do promotor, que não mais vai olhar caso a caso, o que possibilitará inclusive o surgimento de ações de prevenção”, analisou Simone Albuquerque.
O modelo da regionalização dos serviços de proteção especial em Minas Gerais utiliza também o Índice de Vulnerabilidade Socioeconômica Municipal, parâmetro desenvolvido pelas equipes técnicas da Sedese e ainda a Incidência de Violação de Direitos, apurada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), para identificar as áreas de maior vulnerabilidade social.
O Plano Estadual de Regionalização da Proteção Especial já foi acordado na Câmara Intergestora Bipartite (CIB – reúne gestores municipais e estaduais), será submetido à avaliação do Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS) e até junho será encaminhado ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Diálogo com o Ministério Público
“O Ministério Público Estadual tem autuado e exigido do estado e dos municípios o acolhimento e encaminhamento de pessoas e famílias que tiveram seus direitos violados. A nossa opção é manter as crianças e adolescentes no convívio familiar e comunitário”, afirmou Simone Albuquerque.
Em recentes encontros com o MPE, a subsecretária tem defendido a instituição da família acolhedora para crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados. “Nós vamos mudar o modelo de uma assistência punitiva que retira da convivência familiar, que responsabiliza indivíduos e famílias”, informou a subsecretária.
Regionalização
A regionalização é uma estratégia para universalizar os serviços de proteção especial de média e alta complexidade para municípios com até 20 mil habitantes. A Proteção Social Especial (PSE) destina-se a famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados ou ameaçados.
As atividades da PSE dividem-se em níveis de complexidade (média ou alta), conforme a situação vivenciada pelo indivíduo ou família. A PSE de Média Complexidade oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade, com direitos violados, porém geralmente inseridos no convívio familiar. Já os de alta complexidade são aqueles que oferecem atendimento às famílias e indivíduos que tiveram seus direitos violados ou ameaçados, porém em situação de abandono, fora de seu núcleo familiar de origem.
Os serviços da PSE exigem uma gestão compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos estaduais como as secretarias de Saúde e Educação. O CREAS é a unidade pública estadual que oferta serviços da proteção especial, especializados e continuados, gratuitamente.
Nova diretoria do Cogemas
Participaram da 3ª Reunião do Cogemas 166 representantes de 44 municípios. Os conselheiros elegeram a nova diretoria do Cogemas que apresenta a seguinte composição: presidente – Julia Restori, Coronel Fabriciano; Vice-presidente – Hermelis Campos, São Francisco de Paula; 1 secretário – Marcelo Mourão, Belo Horizonte; 2 secretário – Cátia Sales, Rivbeirão das Neves; 1 tesoureiro – Patrícia Nunes, Timóteo e 2 tesoureiro – Hermano Luiz dos Santos, Ponte Nova.
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