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Agricultura

09h50min - 13 de Maio de 2015 Atualizado em 09h50min

Hortas nas escolas ajudam a melhorar alimentação infantil

Projetos da Emater-MG proporcionam aos alunos experiências de métodos ecológicos para a produção de alimentos

Divulgação/Emater
O estudante pode aprender a preparar as hortas de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo
O estudante pode aprender a preparar as hortas de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo

Estimular o hábito da alimentação saudável e a consciência ambiental das crianças. Esses são alguns dos resultados de dois projetos desenvolvidos em Belo Horizonte com orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Conjuntamente com a Secretaria Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional de BH, a empresa mantém os projetos Plantio em Espaços Alternativos e Hortas Escolares e Comunitárias, que atenderam, em 2014, mais de 25 mil pessoas.

"Essa parceria é muito importante, pois proporciona aos alunos, além do contato com a terra, experiências de métodos ecológicos para a produção de alimentos, como o aproveitamento de garrafas PET e uso de adubos naturais. Dessa forma, estimulamos também a agricultura urbana, com práticas que podem ser transmitidas para os familiares", ressalta o coordenador técnico regional da Emater-MG em Belo Horizonte, Wagner Fanti.

O estudante pode aprender a prepará-las de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo, ao participar do seu cultivo, e ter a satisfação de consumir o que ajudou a plantar. A existência de hortas nas escolas é importante para enriquecer a alimentação, auxiliar na mudança de hábitos alimentares, e despertar o interesse dos alunos pela conservação do meio ambiente.

Em várias escolas da capital, as crianças já estão com a mão na terra e, com o cultivo de hortaliças diversas, aprendem desde cedo de onde vêm o alface e a cenoura das refeições de cada dia. O Colégio São Paulo, no bairro Cidade Jardim, é um dos que adotam a estratégia de incluir nas atividades semanais os cuidados na horta, com verduras e ervas diversas, cultivadas em garrafas PET e num pequeno canteiro. O espaço é reduzido, mas suficiente para ensinar aos alunos o valor do cuidado diário com as plantas.

Nas oficinas semanais, a extensionista da Emater-MG, Elenice Lamounier de Freitas, conversa com as crianças sobre a importância das regas constantes e da adubação, antes de partirem para a prática. "Mostramos que em pequenos espaços também se pode produzir alimentos saudáveis. E eles passam esses ensinamentos para as famílias, o que estimula o consumo de verduras e legumes frescos e sem agrotóxicos", conta Elenice.

Segundo a professora da turma do infantil 2, Andreza Chagas, o contato constante com a horta desperta o interesse dos pequenos para provar alimentos que até então rejeitavam: "Eles ficam muito animados e querem experimentar os produtos que cultivaram e viram crescer, o que com o tempo ajuda a melhorar a qualidade da alimentação", afirma.

A coordenadora de Educação Infantil do Colégio São Paulo, Rosilene Carneiro Silva, explica que as oficinas de plantio são integradas aos conteúdos da grade curricular de cada série, complementando o processo de educacional dos alunos. No colégio, participam do projeto 128 crianças, do maternal 2 até o 1º ano do ensino fundamental.

Programas

O Programa de Hortas Escolares e Comunitárias estimula o cultivo de hortaliças, verduras e legumes na rede pública de ensino, centros de saúde, instituições de acolhimento de idosos, hospitais, creches e também em espaços comunitários. São elaborados os projetos de planejamento de plantio, com assistência técnica e acompanhamento das atividades de manutenção e colheita, além da distribuição de folhetos didáticos com orientações sobre o plantio e controle de pragas.

De acordo com a extensionista Elenice, a implantação de hortas comunitárias tem como foco a melhoria das condições de vida de grupos sociais, em especial os que vivem em situação de insegurança alimentar e nutricional, além de contribuir para o aumento de renda, seja por meio da venda dos produtos ou mesmo indiretamente, com a economia proporcionada pelo consumo da própria produção.

Ela explica que as hortas comunitárias são implementadas por grupos de pessoas que dividem as áreas de cultivo, o trabalho, os custos de produção e a colheita de hortaliças e legumes. "Assim, temos maior oferta de alimentos de qualidade, além de reduzir o preço final desses produtos nos orçamentos domésticos", diz Elenice.

Por meio do Projeto Plantio em Espaços Alternativos, em 2014, foram realizadas 175 oficinas, beneficiando 2.578 pessoas, e distribuídas 1.815 mudas aromáticas e temperos. Em 2014, foram mantidas 139 hortas escolares, com 11.040 beneficiários, e 50 hortas comunitárias, com 11.488 beneficiários. As escolas ou outras entidades interessadas podem fazer a solicitação pelo endereço eletrônico gapco@pbh.gov.br , informando o endereço, telefone de contato e o responsável pelo local.

As oficinas são ministradas sem custo, mas as escolas devem fornecer materiais como terra, húmus de minhoca (um tipo de adubo natural) e as mudas. A secretaria distribui esses materiais gratuitamente apenas para a rede pública municipal.

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