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Durante dois dias, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e de outras instituições estão reunidos para a Jornada de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. O evento realizado no Centro de Estudos do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), em Belo Horizonte, começou nesta quinta-feira (13) com uma série de palestras e discussões. O objeto é discutir temas relevantes à prática do trabalho, buscar novos conhecimentos, promover intercâmbio científico além de estimular a investigação e o interesse de todos por assuntos relacionados ao dia a dia desses profissionais na prestação de serviços assistenciais.

Sylvia Frazão, terapeuta ocupacional da Maternidade Odete Valadares, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), destacou a importância desse profissional na UTI neonatal. “A intenção é passar como é o trabalho do terapeuta ocupacional na UTI com bebês prematuros, uma vez que a Maternidade é referência para os partos de alto risco e muitos recém-nascidos precisam de estimulação motora e sensorial.” Segundo ela, o trabalho é posteriormente analisado com outros profissionais que também atuam para a sobrevivência desses bebês.

Outro tema abordado neste primeiro dia de evento foi a depressão. A fisioterapeuta do Ipsemg, Bárbara Gazzola de Macedo, falou sobre as evidências dos benefícios da atividade física como profilaxia desta enfermidade. Reconhecida por entidades da área como complemento para o tratamento da depressão, a atividade física vem sendo cada vez mais difundida. Segundo Bárbara Gazzola, grande parte dos pacientes que precisam de fisioterapia e estão em tratamento no IPSEMG, sofre de depressão. “Quem tem depressão tem uma piora da doença base, mas a associação da atividade física produz resultados positivos, pois o ambiente de socialização e os exercícios ajudam na recuperação mais rápida do paciente. Isso nós já temos comprovação”.

Também proferiu palestra o nutricionista José Adalberto Leal que falou sobre os indicadores de qualidade em terapia nutricional. A Jornada colocou em debate as atividades ocupacionais no tratamento da depressão e a atuação do psicólogo nessa patologia. Outro tema de destaque no primeiro dia do evento foi como esses profissionais devem atuar em casos de osteortrite e acidente vascular encefálico.

No último dia da Jornada, nesta sexta-feira (14), serão discutidos os cuidados prolongados e paliativos, a tecnologia assistiva, que inclui uma oficina de atividade física. O assunto envelhecimento no Brasil terá mesas de debates abordando a doença de Alzheimer, instrumentos de avaliação do risco de quedas em idosos, reabilitação cognitiva na demência, as políticas públicas e o estatuto do idoso, além de uma oficina sobre cuidados com a pessoa idosa com demência. A mesa final de debates será sobre o momento atual e o futuro das profissões.