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Energia | Copa do Mundo

13h05min - 02 de Junho de 2014 Atualizado em 13h14min

Minas Gerais está preparada para atender demanda de energia durante a Copa do Mundo

Além de contar com o primeiro estádio com usina solar da história do Mundial, Estado realizou obras no sistema elétrico, que garantirão atendimento no período do torneio

Renato Cobucci/Imprensa MG
Usina Solar Fotovoltaica instalada no Mineirão é a maior usina em cobertura do Brasil
Usina Solar Fotovoltaica instalada no Mineirão é a maior usina em cobertura do Brasil

Além da conclusão de todo o planejamento nas áreas de segurança, saúde e mobilidade, Minas Gerais está preparada para receber a Copa do Mundo do ponto de vista de outro setor: a energia. Além de o Mineirão, palco de seis partidas do Mundial, ser o primeiro estádio da história da Copa do Mundo a utilizar energia solar, os investimentos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) na capital mineira e na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ultrapassam R$ 500 milhões. As obras realizadas pela Cemig foram antecipadas a fim de garantir a confiabilidade do sistema elétrico durante a realização do Mundial e já estavam previstas no plano de investimentos da empresa, o que vai garantir um importante legado para a população mineira nos próximos anos.

Entre as intervenções executadas pela Cemig está a construção de duas subestações, que adicionam ao sistema elétrico da RMBH energia suficiente para abastecer uma cidade de porte médio, como Barbacena, que tem mais de 130 mil habitantes. Além disso, foram reformadas outras quatro subestações e implantados 72 quilômetros de linhas de distribuição de alta tensão. “Os investimentos já realizados asseguram o abastecimento ininterrupto de energia ao Mineirão e o atendimento ao aumento da demanda na capital e na Região Metropolitana de Belo Horizonte durante o torneio”, destaca o superintendente de Operação e Manutenção da Distribuição da Cemig, Danilo Gusmão Araújo.

A Cemig identificou os locais prioritários para atendimento durante o torneio, como o Mineirão, os centros oficiais de treinamento da FIFA, hotéis credenciados pela entidade, pontos ligados ao transporte público e mobilidade urbana, principais hospitais de pronto atendimento e área da Belo Horizonte FAN Fest, no Expominas, no bairro Gameleira. O trabalho da companhia envolveu inspeções nas linhas e subestações essenciais para suprimento ao evento, poda de árvores e limpeza das faixas de servidão sob linhas de distribuição. Ficarão disponíveis, ainda, 15 subestações móveis, visando ao atendimento a situações emergenciais e de manutenção programada a grandes blocos de carga. Um teste no sistema de transferência automática de energia para o Mineirão também foi realizado pela empresa.

O diretor de distribuição e comercialização da Cemig, Ricardo Charbel, afirma que o trabalho da empresa com foco na Copa do Mundo teve início há dois anos e que todo este planejamento já está resultando em benefícios para a população mineira. “Desde 2012, a Cemig investe no sistema elétrico com foco na Copa. Em toda a RMBH, além do benefício direto aos locais ligados ao evento, os investimentos propiciaram maior disponibilidade de mão-de-obra especializada para emergências. As obras nas redes subterrâneas da capital também são importantes, pois objetivam a atualização tecnológica dos equipamentos, o atendimento a novos empreendimentos da região Centro-Sul, como hotéis e restaurantes, e a adequação do sistema elétrico da cidade às demandas adicionais de energia durante o Mundial”, explicou Charbel.

Energia solar do estádio é inspirada em modelos europeus

A partida entre Colômbia e Grécia, que será realizada no dia 14 de junho no Mineirão, marcará a primeira vez que um jogo da Copa do Mundo, competição esportiva de maior audiência do planeta, acontece em um estádio com uma usina solar em pleno funcionamento. A Usina Solar Fotovoltaica do Mineirão, construída pela Cemig em parceria com a Minas Arena – empresa que administra o estádio por meio de Parceria Público Privada (PPP) – e o banco alemão KfW, está injetando, no sistema de distribuição da Cemig, mais de 1 MW, o suficiente para abastecer cerca de 1,2 mil residências de médio porte. Conforme o acordo estabelecido na parceria firmada com a Minas Arena, 10% da energia gerada retorna para ser utilizada dentro do estádio na Pampulha.

Com uma potência de 1,42 MWp (megawatts-pico) e cerca de 6 mil módulos fotovoltaicos, a unidade é a maior usina em cobertura do país e uma das maiores instaladas em arenas esportivas do mundo. A iniciativa de instalar uma central geradora de energia limpa no Mineirão foi inspirada nos estádios de Freiburg, considerada a capital solar da Alemanha, e de Berna, na Suíça, além dos estádios solares construídos para a Eurocopa, torneio continental de futebol da Europa, em 2008. Foram instalados, na área útil da cobertura do estádio, 5.910 painéis solares com potência de 240 Wp cada um. A energia gerada será de 1.825 MWh/ano.

Energia técnica será destinada à demanda para transmissões de TV

A oferta e a demanda de energia durante a Copa do Mundo, entretanto, não se resumem aos trabalhos e equipamentos da Cemig. Situações próprias do evento da FIFA, como a transmissão das partidas para mais de 200 países do mundo, exigem o fornecimento de energia temporária, a chamada energia técnica, trabalho que será feito pela Aggreko, empresa contratada pela Federação Internacional de Futebol para atender a demanda das 12 cidades-sede do Mundial. Além de fornecer energia para a transmissão feita pela mídia global, a Aggreko será responsável pela energia utilizada nas placas de publicidade eletrônica (LEDs), instaladas no entorno dos gramados dos estádios.

A capacidade total de energia que a Aggreko fornecerá durante o Mundial será de 50 MW, sendo 12 MW apenas a para o IBC (Centro de Imprensa da Copa do Mundo), no Rio de Janeiro, e 38 MW para as placas de LED e os Complexos de Transmissão Local em todos os estádios. No Mineirão, a Aggreko, que já trabalhou em cinco Copas do Mundo e nove Jogos Olímpicos, instalou uma estrutura para o Complexo de Transmissão Local que vai fornecer 2MW de potência, o suficiente para abastecer cerca de 2 mil residências. A estrutura montada no Gigante da Pampulha inclui cinco geradores, 70 painéis de distribuição de energia e dez quilômetros de cabos.

O diretor-geral da Aggreko no Brasil, Pablo Valera, esteve em Belo Horizonte na última semana para apresentar o trabalho da empresa na Copa do Mundo. Segundo ele, a instituição trabalha com uma boa margem de segurança. “Temos cinco ou seis geradores em cada estádio, mas dois seriam suficientes para fornecer toda a energia necessária. Os equipamentos trabalham de forma automática. Se um falhar, o outro assume, imediatamente, a geração de energia”, explica. Valera aproveitou a passagem pela capital mineira para visitar o Mineirão e conferir a estrutura montada pela Aggreko no estádio.

Fundada em 1962, a Aggreko, que conta com mais de 6 mil funcionários, possui mais de 50 anos de experiência no fornecimento de soluções temporárias de energia, resfriamento de processos e climatização, e é atualmente a líder mundial nesse setor. Na América Latina, a empresa conta hoje com operações no Brasil, Chile, Argentina, Venezuela, Peru, Colômbia, México, Panamá e República Dominicana. Presente no Brasil desde 2003, a empresa é parceira de diversas instituições mineiras ou instaladas em Minas, principalmente na área de mineração.

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