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Saúde

11h50min - 29 de Julho de 2015 Atualizado em 11h49min

Novo equipamento do Hospital Alberto Cavalcanti melhora qualidade de vida dos pacientes

Instituição pública adquiriu uma bomba elastométrica para infusão de quimioterápico intravenoso que permite o tratamento domiciliar

O Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), da rede Fhemig, melhorou a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, ampliou o atendimento e, ao mesmo tempo, reduziu os custos do tratamento ao adotar, desde janeiro deste ano, o uso de bomba elastométrica para infusão de quimioterápico intravenoso para uso domiciliar. O HAC é a única instituição pública de saúde em Belo Horizonte que oferece esse procedimento.

Ao longo do último semestre, os pacientes com diagnóstico de câncer colorretal (cólon e reto) atendidos pelo HAC, e que fazem uso da medicação 5-fluorouracil infusional por 46 horas, recebem o quimioterápico em suas casas devido ao uso da bomba infusora. O aparelho é acoplado a um cateter venoso central e a medicação é liberada regularmente sob um fluxo contínuo, pré-programado, para períodos que podem variar de 2 a 7 dias.

De fácil manuseio, portátil e descartável, o equipamento pode ser usado de forma oculta, sob a roupa numa bolsa de carregamento. Embora a bomba não substitua totalmente o tratamento hospitalar, ela reduz significativamente a permanência do paciente nesse ambiente e permite que a pessoa receba o medicamento ao lado da família, o que melhora a adesão ao tratamento e a qualidade de vida do paciente, além de reduzir os riscos associados à internação, como infecções, por exemplo.

Antes da introdução do equipamento, os pacientes eram submetidos a sessões de oito horas por dois dias seguidos, com intervalos de 15 dias entre as sessões. Agora, eles fazem apenas uma sessão de quatro horas, a cada quinzena.

Melhor qualidade de vida

Usuário da bomba elastométrica desde fevereiro, o aposentado Oswaldo Romualdo de Paula Filho, de 70 anos, conta que as horas ganhas com o novo procedimento são investidas no convívio com a esposa, as quatro filhas e os seis netos. “A bomba é melhor porque me dá mais liberdade e autonomia. É discreta, ninguém percebe”, revela, entusiasmado.

Oswaldo faz questão de sublinhar que o estímulo que recebe da família e das enfermeiras que o atendem no HAC é fundamental para o sucesso do seu tratamento. “A dedicação e a compreensão da minha esposa Maria Geralda são valiosas. As enfermeiras me dão encorajamento para enfrentar a doença. Aí de mim se não fosse o tratamento do Hospital Alberto Cavalcanti”, completa.

Maior número de atendimentos

Com a adoção da bomba elastométrica, houve ainda um aumento da rotatividade das poltronas no ambulatório de quimioterapia em decorrência da redução do tempo de permanência dos pacientes no setor e consequente aumento do número de atendimentos, cuja expectativa de crescimento é de aproximadamente 30%. “Melhorou a assistência e a dinâmica do trabalho dos servidores”, avalia a enfermeira cancerologista Ana Luisa Colares.

Economia

Segundo a coordenadora da Unidade de Quimioterapia (UQT), Gisele Vaz, após um estudo detalhado em que foram comparadas as modalidades de tratamento para esse tipo de quimioterapia (internação, ambulatorial e domiciliar), foi verificada uma redução de cerca de 20% dos custos do tratamento por diminuição das diárias hospitalares, honorários médicos, cuidados de enfermagem e menor uso de material médico-hospitalar, num contexto em que o câncer colorretal representa a segunda maior demanda de atendimentos da UQT.  

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