• Salvar PDF
• Imprimir
• Enviar por email

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (27), pela Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Fundação João Pinheiro (FJP) e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou aumento de 8 mil pessoas ocupadas (ou 0,4%) no mês de fevereiro, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O número é menor do que o observado entre aqueles que passaram a fazer parte do mercado de trabalho (24 mil, ou 1,0%), o que resultou em acréscimo do número de desempregados (16 mil, ou 11,9%).

A pesquisa registrou ainda um acréscimo na taxa de desemprego total na RMBH, ao passar de 5,6% para 6,2% da População Economicamente Ativa (PEA).

De acordo com a analista de mercado de trabalho do Observatório do Trabalho da Sete, Janice Viana, o aumento da taxa de desemprego se deve ao maior número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho. “A população economicamente ativa aumentou neste período e esse crescimento não foi absorvido pelas empresas".

Janice ressaltou ainda que o ano de 2012 apresentou estabilidade e que os números são aceitáveis. "Em 2012 tivemos um ano de estabilidade na taxa de desemprego. Os números apontam o natural do mercado de trabalho com um nível aceitável”, acrescenta.

O contingente de ocupados nos serviços apresentou estabilidade. Foram registrados decréscimos no comércio e reparação de veículos (10 mil, ou 2,3%) e, em menor medida, na construção (1 mil, ou 0,5%). Em movimento contrário, aumentou o número de ocupados na indústria de transformação (12 mil, ou 3,9%),

Segundo posição na ocupação, houve acréscimo no número de postos de trabalho entre os assalariados (22 mil), refletindo tanto o acréscimo no setor privado (10 mil), quanto no setor público (12 mil). O comportamento do setor privado resultou dos acréscimos do contingente de assalariados com registro em carteira (7 mil), e em menor medida, do contingente de assalariados sem registro (3 mil). Diminuíram os contingentes de ocupados classificados nas demais posições ocupacionais (7 mil) e de empregados domésticos (6 mil) e, praticamente, não variou o de autônomos (-1 mil).

A pesquisa também apontou que o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 20 semanas, duas a menos em relação ao mês anterior.

Comparativo com 2012

Na comparação entre os meses de fevereiro de 2013 e de 2012, o aumento do contingente de desempregados (30 mil pessoas) foi resultado do acréscimo de ocupações (38 mil), insuficiente para absorver as pessoas que passaram a fazer parte do mercado de trabalho da região (68 mil). A taxa de participação passou de 56,3% para os atuais 57,3% da População em Idade Ativa (PIA).

Nesse período, o nível ocupacional aumentou 1,7%. Foram registrados acréscimos de postos de trabalho na construção (13 mil, ou 6,4%), nos serviços (15 mil, ou 1,2%) e na indústria de transformação (12 mil, ou 3,9%). O contingente de ocupados no comércio e reparação de veículos permaneceu estável.

Segundo posição na ocupação, o acréscimo do assalariamento total (43 mil, ou 2,7%) foi resultado principalmente do crescimento no setor privado (42 mil, ou 3,3%), já que o setor público permaneceu praticamente estável (1 mil, ou 0,3%).

Rendimentos

Em fevereiro, o rendimento real médio dos ocupados teve acréscimo o que representa uma alta de 0,9% em relação ao mês anterior e foi estimado em R$ 1.640, em janeiro de 2013, o que representa um acréscimo de 0,9% em relação ao mês anterior. O salário real também apresentou acréscimo (0,7%), sendo estimado em R$ 1.600. O rendimento médio dos autônomos permaneceu relativamente estável (-0,1%) sendo estimado em R$ 1.522.