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Técnicos da Coordenadoria Especial de Políticas para o Idoso e do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, ambos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), promoveram nesta segunda-feira (15/6) uma panfletagem na Cidade Administrativa e na Praça 7, em Belo Horizonte, para conscientizar a população sobre as várias formas de violência praticada contra as pessoas idosas. As ações foram realizadas em alusão ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado em 15 de junho.

A panfletagem, que faz parte da campanha “Rompendo o Silêncio – a pior violência contra o idoso é o silêncio”, foi realizada pela manhã na Cidade Administrativa e, à tarde, na Praça 7. A concentração aconteceu na Casa de Direitos Humanos, na esquina da Avenida Amazonas com Rua São Paulo, no centro da capital.

Segundo o coordenador Especial de Políticas para o Idoso, Dilson José de Oliveira, a violência contra a pessoa idosa é um problema que se agrava e se amplia, gradativamente, nos dias atuais. “O idoso se torna uma vítima fácil por, muitas vezes, depender de seus familiares em diversos aspectos, seja nos cuidados da saúde, nas relações sociais, na dependência financeira ou até mesmo pela simples convivência familiar”, disse.

Idosos

Com 2,6 milhões de idosos, atualmente Minas é o segundo estado brasileiro com o maior número de pessoas com mais de 60 anos, e até o ano 2030, esse número passará para cerca de 5 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os principais tipos de violência praticada contra o idoso estão a física e os maus-tratos, onde há o uso da força física para compelir os idosos a fazerem o que desejam, provocando-lhe dor, incapacidade ou até a morte. Já na violência psicológica, ocorrem as agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolá-los do convívio social.

Há também a violência sexual e o abuso sexual, práticas eróticas por meio de aliciamento, violência física e ameaças. Os idosos ainda sofrem com o abandono, a ausência ou omissão de socorro por parte dos responsáveis; e a negligência, que é a recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários também pelos responsáveis.

No entanto, um dos abusos mais sérios e que vem crescendo a cada dia em todo o país é o financeiro e econômico, que é a exploração imprópria e ilegal da pessoa idosa, ou o uso não consentido por ela de seus recursos financeiros e patrimoniais. Há ainda a autonegligência, onde o idoso ameaça a própria saúde ou segurança, ao recusar a tomar os cuidados necessários a si mesmo.

Denúncias

O Disque 100, serviço de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana, tem se consolidado como um importante instrumento de dados estatísticos sobre violações de Direitos Humanos. As denúncias recebidas são analisadas, tratadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis.

Dados

Projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) indicam que uma em cada nove pessoas no mundo tem 60 anos ou mais. O estudo aponta ainda que, em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos.

Em 2012, 810 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e  mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de pessoas ou 22% da população global. Já no Brasil, segundo pesquisa do IBGE, a população idosa totaliza 23,5 milhões de pessoas.