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Mais um passo em direção à inserção do Estado de Minas Gerais na chamada Nova Economia foi dado nesta quinta-feira (29/05). Representantes da Universidade de Stanford se reuniram com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Rogério Nery, e membros da Sociedade Mineira de Software, para conhecer a realidade de Minas Gerais e formalizar início do Projeto de Inovação e Empreendedorismo.

Em abril deste ano, uma parceria inédita foi firmada entre o Governo de Minas, o Sebrae, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as entidades do MGTI e a universidade americana, com o objetivo de ampliar a competitividade das empresas mineiras do setor de TI e transformar o setor, em Minas, em um polo de classe mundial.  A iniciativa ocorreu no âmbito do Programa de Apoio à Competitividade dos APLs, da Superintendência de Apoio à Competitividade e ao Empreendedorismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede).

Pelo acordo, executivos mineiros vão participar do Programa de Inovação e Empreendedorismo elaborado pela universidade norte-americana, que é considerada berço acadêmico do Vale do Silício (EUA) e um dos principais polos de inovação e empreendedorismo há muitos anos.

Durante a reunião, o secretário Rogério Nery destacou que a parceria com Stanford é fundamental para o Estado que tem como prioridade atrair investimentos na chamada Nova Economia. “O Governo de Minas Gerais tem realizado todos os esforços necessários para criar um ambiente favorável à atração de investimentos, desenvolver mercado e promover negócios que gerem, cada vez mais, empregos de qualidade. Para nós, esta parceria com a Universidade de Stanford é mais um passo para atingirmos o nosso objetivo”, afirmou.

Representantes da Universidade de Stanford também ressaltaram a importância desse tipo de programa para o estado. “A expectativa da Universidade não é apenas contribuir para o crescimento das empresas participantes do projeto, mas também favorecer o crescimento da economia do Estado e do país, a partir do fortalecimento do setor de TI”, afirmou Carissa Little, diretora de Programas do Centro de Desenvolvimento Profissional da Universidade. Participaram da reunião, além da equipe da Sede e representantes da Universidade de Stanford, a presidente do Instituto de Desenvolvimento Integrado (Indi), Monica Cordeiro, membros da Fumsoft e da Assesspro-MG.

Programa de Inovação e Empreendorismo

Esta é a primeira vez que o Programa de Inovação e Empreendedorismo de Stanford será oferecido na América Latina. Serão quatro fases: capacitação à distância, módulo em Stanford, agendado para agosto, monitoramento (quatro semanas) e módulo em Belo Horizonte, a ser realizado em setembro. O Programa foi aplicado com sucesso na França, onde a região de Lîlle e seu ecossistema de startups conseguiu atingir um patamar de 30 milhões de euros, a partir do engajamento de algumas empresas que participaram da iniciativa.

Participarão do projeto 26 empresas do ramo de TI em Minas, das quais 25 já foram selecionadas: Base 2, Comunip, Ecomova, Empreendimentos Digitais, Estudar Consultoria e Empreendimentos,  F6 Sistemas de Informação, Framework, G&M Soluções, GDS Automação, Guiando Sistemas de Telecomunicações, Handcom Inovações, Itechonologies LDTDA., Gridzg, Mobilecard Serviços de Processamento de Dados, Nimbus, Pris Tecnologia, Siteware Soluções, Solides, Starline Tecnologia, Triggo Labs Consultoria em TI, Trixel Desenvolvimento de Sistemas, Viridis, Waycarbon, Web Reports e Zup It Soluções em Informática.

Setor de TI em Minas

O setor de TI em Minas reúne mais de 6 mil empresas, ou seja, 8% do total nacional, e emprega um contingente de aproximadamente 55 mil pessoas. A receita líquida é estimada em R$ 3,7 bilhões/ano, o que corresponde a 5% do total nacional e 0,8% do Produto Interno Bruto do Estado. Minas Gerais já conta com uma ação pioneira no país, que é a reunião de quatro entidades representativas do setor de TI – Assespro-MG, Fumsoft, SINDINFOR e Sucesu Minas – em parceria com os governos federal, estadual e a Prefeitura de Belo Horizonte –  em prol do MGTI.