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Agricultura

11h09min - 18 de Novembro de 2014 Atualizado em 12h39min

Parceria entre Minas e Guatemala visa expandir o cultivo do café arábica de qualidade

Programa Estadual de Pesquisa em Cafeicultura avalia o comportamento de algumas variedades do grão em regiões do país da América Central

Divulgação/Epamig
Guatemala possui uma vasta produção de café e poderá desenvolver ainda mais a cafeicultura
Guatemala possui uma vasta produção de café e poderá desenvolver ainda mais a cafeicultura

Projeto da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Universidad de San Carlos de Guatemala (Usac) desde 2007, avalia o comportamento de cultivares de café arábica e materiais genéticos do Programa Estadual de Pesquisa em Cafeicultura em algumas regiões do país da América Central.

Dentre os materiais avaliados, sete têm se mostrado promissores para as condições locais. Além da avaliação da produtividade, são realizadas provas das bebidas para verificar a qualidade. "São genótipos produtivos e, na sua maioria, resistentes à ferrugem, principal doença do café arábica", explica o pesquisador da Epamig Gladyston Rodrigues Carvalho, que em outubro palestrou na Usac sobre os resultados das pesquisas de melhoramento genético e manejo da lavoura cafeeira do Brasil. O pesquisador também visitou campos onde foram instalados experimentos pelo professor Edin Francisco Orozco Miranda da universidade local.

Durante a palestra, Gladyston apresentou as regiões produtoras do Brasil e suas particularidades, além do sistema de gestão da pesquisa cafeeira e os avanços do setor na última década, impulsionados principalmente pelo modelo do Consórcio Pesquisa Café. Destacou ainda as tecnologias disponíveis, com ênfase para o melhoramento genético, espaçamentos e mecanização.

Segundo o pesquisador, a Guatemala possui uma vasta produção de café e poderá desenvolver ainda mais sua cafeicultura, garantindo renda e qualidade de vida para os produtores. “É uma cafeicultura bem diferente da brasileira, porém possui lógica e objetivos bem definidos”, garantiu. Gladyston ressaltou ainda que as avaliações proporcionaram uma interação maior entre os dois países e possibilitaram uma excelente troca de experiências. “Eles têm altitude, clima e solo favoráveis para a produção de cafés de qualidade, enquanto nós temos conhecimento tecnológico, sabores distintos e potencial de expansão”, explicou.

O café na Guatemala

O cultivo do café ocupa aproximadamente 2,5% do território nacional e está presente em 20 dos 22 estados da Guatemala. A Assossiacion Nacional Del Café da Guatemala (Anacafé) é uma das desenvolvedoras da política nacional do café no país e internacionalmente. A instituição representa mais de 90 mil agricultores em toda a Guatemala. “Fiquei impressionado com a motivação dos produtores, de pequenos a grandes, com a organização e seriedade da Anacafé e com o comprometimento da Usac com o desenvolvimento e validação de tecnologias para a cafeicultura do país”, afirmou Gladyston.

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