16h00min - 02 de Setembro de 2015 Atualizado em 16h02min
Encontro debateu a saúde pública no Estado, sendo também uma oportunidade de produção de propostas de políticas públicas para o SUS
O segundo dia da 8ª Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no Expominas, abriu espaço para que o público presente participasse com as suas percepções, ideias e experiências sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), durante a 2ª Mesa de palestras realizada nesta terça-feira (2/9).
Com o tema Participação Popular, o encontro debateu a saúde pública no Estado, sendo também uma oportunidade de produção de propostas de políticas públicas para o SUS os próximos quatro anos (2016-2019).
A médica e coordenadora da Associação Latino Americana de Medicina Social e Saúde Coletiva e Conselheira do Conselho Nacional de Saúde, Ana Maria Costa, apresentou a importância das relações entre movimentos sociais e governos. “As sociedades são a base do Estado e são os cidadãos que constroem a saúde. A mudança de um reflete no outro”, disse.
Ana Maria Costa também incentivou que as pessoas comecem a pensar na saúde em um contexto mais amplo, lutando pelos direitos da saúde previstos na Constituição Federal para que o Brasil consolide cada vez mais a saúde. “A participação popular deve ser construída com a formação política e crítica, garantindo assim o poder popular. Perseguir a construção e o interesse público da saúde com a participação popular é o caminho pois é necessário conversar sobre a saúde que queremos e que atenda ao coletivo”, afirmou.
O professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia e Coordenador do Laboratório de Estudos vinculados à saúde mental, Marcos Vinicius de Oliveira, afirmou que o campo da saúde é uma escola de aprendizado da democracia social e que a luta pela saúde é um espaço para a participação social. Esta conferência estadual de saúde é mais um processo de democratização. A luta pela saúde é mais um espaço para participação social”, disse.
Representando os diversos públicos presentes no evento, a representante do movimento quilombola, Clessiane Ferreira, destacou a participação dos diversos segmentos presentes na conferência. “A união de todos é muito importante e necessária. Com a participação de todos é que uma saúde de qualidade irá chegar a todos os movimentos”, disse.
Participante da conferência municipal e também presente na conferência estadual, a representante do município de Ouro Preto, Laura Muller atua também como doula no município, dando apoio as gestantes da cidade. Laura trouxe para a conferência a realidade de sua região. “São muitos os assuntos que refletem o acesso ao SUS. Espero que eu possa fazer a diferença neste momento da construção das políticas de saúde”, afirmou.
Diversidade
Além dos representantes de diversos municípios mineiros, a conferência conta com a presença de outros movimentos sociais como indígenas, trabalhadores do campo e pessoas com necessidades especiais. A 8ª Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais termina nesta sexta-feira (4/8), dia em que serão eleitos as delegadas e delegados para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília-DF.
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