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12h15min - 30 de Abril de 2014 Atualizado em 12h18min

Pesquisa da Fundação João Pinheiro registra taxa de desemprego de 8,3% em março na RMBH

Dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), divulgada pela FJP, Sedese, Dieese e Fundação Seade na manhã desta quarta-feira (30/04)

Reprodução
Em março de 2014 a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) passou dos 7,7% registrados em fevereiro para 8,3% da População Economicamente Ativa (PEA). O resultado se deve à diminuição do contingente de ocupados (20 mil) e do número de pessoas que participam do mercado de trabalho (6 mil). 
 
Os dados são parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), divulgada na manhã desta quarta-feira (30/04), pela Fundação João Pinheiro (FJP), Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Dieese e Fundação Seade. 
 
De acordo com Plínio Campos, coordenador técnico da pesquisa pela FJP, o incremento da taxa de desemprego em março é consequência da redução de postos de trabalho e da saída de pessoas do mercado, totalizando 14 mil trabalhadores a mais no contingente de desempregados. “Observamos uma baixa atividade econômica nos três primeiros meses do ano, além da redução da expectativa de crescimento”, explicou.  
 
A taxa de participação, que se refere à proporção de pessoas com dez anos ou mais de idade inseridas no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou dos 57,5% registrados em fevereiro para 57,3%. A pesquisa também apontou a diminuição de 0,9% no número de ocupados em relação ao mês anterior, totalizando 2.258 mil empregados, 20 mil a menos que em fevereiro. 
 
Observou-se a redução de 12 mil ocupações (4%) na indústria de transformação, 8 mil (1,8%) no setor de comércio e reparação de veículos e de 7 mil (0,5%) nos serviços. O contingente de trabalhadores na área da construção permaneceu estável. “Dois fatores colaboraram para a estabilidade na construção civil: as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo em Belo Horizonte e o baixo número de pessoas qualificadas na área. O setor ainda está aquecido em função do aumento da renda nos últimos anos”, observou Campos. 
 
No período avaliado, houve diminuição de contratações no setor privado (39 mil, 2,9%). O setor público permaneceu estável. No setor privado, a retração resultou do decréscimo de assalariados com registro em carteira (35 mil, 2,9%) e dos trabalhadores sem carteira assinada (4 mil, 3,3%). Houve acréscimo entre os autônomos (2 mil, 0,6%) e os empregados domésticos (5 mil, 3,6%). Nas “demais posições” ocupacionais, registrou-se incremento de 12 mil (7,2%) trabalhadores. 
 
A pesquisa também verificou que o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 25 semanas, uma a menos que no mês anterior.
 
Rendimentos 
 
Em fevereiro de 2014 o rendimento real médio dos ocupados aumentou 1,2% em relação ao mês anterior e foi estimado em R$ 1.864. O salário real médio também cresceu (1,3%), sendo estimado em R$ 1.823. No período, o rendimento médio dos autônomos diminuiu 3,5% e passou a valer R$ 1.583. No setor privado, o salário médio real permaneceu estável (0,2%) e foi de R$ 1.593. 
 
Observou-se ainda acréscimo de 3,5% no rendimento médio dos trabalhadores do setor de serviços.  Para os empregados da indústria de transformação, o decréscimo foi de 4%. Para os do comércio e reparação de veículos, de 1,1%. 
 
Comparando os meses de fevereiro de 2014 e fevereiro de 2013, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 7,2%: passou de R$ 1.739 para R$ 1.864. O salário real médio também cresceu 6,2%, passando de R$ 1.717 para R$ 1.823. 
 
“Ao compararmos a variação dos rendimentos do mês de fevereiro deste ano com o anterior, percebemos o desempenho positivo dos setores, principalmente do comércio e dos serviços. De forma geral, a renda dos trabalhadores da RMBH tem crescido em relação aos anos anteriores. Esses aumentos podem estar ligados ao incremento nos preços dos serviços e aos melhores acordos salariais das categorias profissionais de trabalhadores”, afirmou Campos.
 
No setor privado, foram registrados aumentos dos salários médios reais pagos no setor de serviços (8,3%), no comércio e na reparação de veículos (5,2%) e na indústria de transformação (4,1%). Para os assalariados com carteira assinada, o rendimento médio cresceu 5,8% e, para os sem registro em carteira, 1,8%. Para os autônomos, o rendimento médio teve incremento de 0,3%, no período em análise.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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