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13h22min - 30 de Outubro de 2013 Atualizado em 14h58min

Pesquisa de Emprego e Desemprego da RMBH referente a setembro é divulgada

Dados apresentados abrangem aspectos como taxa de desemprego, número de ocupados e de pessoas à procura de trabalho e o rendimento médio dos trabalhadores

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH) referente ao mês de setembro de 2013 apontou que a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentou ligeira oscilação ao passar dos 6,9% registrados em agosto para 7,2% da População Economicamente Ativa (PEA). Neste período, verificou-se crescimento no contingente de ocupados (11 mil) e de pessoas à procura de trabalho (19 mil), o que resultou no incremento do número de desempregados (8 mil) na RMBH. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (30) pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade.

Segundo o coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos, o pequeno aumento da taxa de desemprego no mês de setembro deve-se ao forte crescimento do número de pessoas retornando ao mercado de trabalho. “Os 11 mil postos gerados foram insuficientes para absorver a quantidade de pessoas procurando emprego. A nossa expectativa é que nos próximos meses o aquecimento da economia, principalmente no setor do comércio, colabore para a redução dessa taxa”, observou. 

De acordo com a pesquisa, o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 24 semanas, igual ao mês anterior. A taxa de participação, que se refere à proporção de pessoas com dez anos e mais de idade inseridas no mercado de trabalho, passou de 58,2% em agosto, para 58,6%.

A pesquisa também apontou um leve crescimento de 0,5% no número de ocupados em relação ao mês anterior, totalizando 2.325 mil trabalhadores. O contingente de trabalhadores aumentou no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (15 mil, ou 3,7%) e se manteve estável no setor de serviços. Na construção, houve uma ligeira redução de 1 mil (0,5%) e na indústria de transformação de 1 mil (0,3%).   “O incremento de vagas no comércio é explicado pela antecipação das contratações temporárias para treinamento da mão de obra para as vendas nos três últimos meses do ano”, explicou Campos.

O número de postos de trabalho entre os assalariados aumentou (12 mil), como resultado do acréscimo de contratações no setor privado (10 mil) e, em menor intensidade, no setor público (2 mil). Na área privada, o resultado positivo é justificado pelo incremento do número de assalariados com registro em carteira (14 mil) e redução dos profissionais sem carteira (4 mil). Entre os autônomos, observou-se uma diminuição do contingente (5 mil). No entanto, constatou-se um acréscimo do número de ocupados classificados nas “demais posições ocupacionais” (5 mil). Já o grupo de empregados domésticos manteve relativa estabilidade (-1 mil).

2012 x 2013

Na comparação entre os meses de setembro de 2012 e de 2013, a taxa de desemprego total na RMBH aumentou de 5,1% para os atuais 7,2%. O nível ocupacional cresceu 3,4%. Foram registrados acréscimos de postos de trabalho no setor de serviços (42 mil, ou 3,3%), na indústria de transformação (22 mil, ou 7,4%), no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (18 mil, ou 4,4%) e na construção (7 mil, ou 3,4%).

“Ao observarmos o mesmo período de 2012 e 2013, constatamos um crescimento de 77 mil pessoas no mercado de trabalho. O nível educacional aumentou e as pessoas estão mais empenhadas em conseguir um emprego. Todos os setores geraram postos de trabalho, principalmente a indústria de transformação, que cresceu 7,4%”, afirmou Plínio Campos.

Rendimentos

Em agosto de 2013 o rendimento real médio dos ocupados aumentou 1,4% em relação ao mês anterior e foi estimado em R$ 1.747. O salário real médio, porém, diminuiu (0,8%), sendo estimado em R$ 1.706.

O rendimento médio dos autônomos aumentou 4,7%, sendo estimado em R$ 1.410. No setor privado, o salário médio real manteve-se praticamente estável na indústria de transformação (0,1%) e nos serviços (-0,1%). No setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, foi observado aumento de 2,0%.

Comparando os meses de agosto de 2012 e agosto de 2013, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 18,4%, passando de R$ 1.475 para R$ 1.747. O salário real médio também apresentou acréscimo de 16,4%, ao passar de R$ 1.466 para R$ 1.706.

No setor privado, foram registrados aumentos do salário médio real pago em todos os setores: na indústria de transformação (6,8%), nos serviços (13,1%) e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (6,9%). Para os assalariados com carteira assinada o rendimento médio cresceu 7,5% e, para os sem registro em carteira, 35,5%. Já para os autônomos, o rendimento médio aumentou 3,9%, no período em análise.

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