Minas por Região
Segurança / Defesa Social

17h00min - 04 de Fevereiro de 2015 Atualizado em 17h45min

Pesquisa revela perfil de usuários de drogas atendidos pelo Estado

A maioria é formada por homens que começaram a usar drogas na adolescência; dados serão usados para nortear as políticas públicas

A Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas (Supod), da Secretaria de Estado de Defesa Social, divulgou novo estudo anual sobre o perfil do dependente químico atendido pelo Estado, realizado com usuários do Centro de Referência Estadual em Álcool e Drogas (CREAD). O estudo é usado para nortear as políticas publicas de combate às drogas em Minas Gerais.

Na edição 2014, 1.976 novos pacientes foram registrados. Destes, 45% procuram ajuda sozinhos. Outros 38% foram levadas por familiares, sendo que 82% dos entrevistados relatou que algum parente já havia usado droga. Quase a metade, 49%, nunca tinha feito tratamento para combater o vício. A metade afirmou que já ficou um tempo sem drogas – porém, voltou a usar uma dosagem ainda maior.

Aproximadamente 21% assumiram nunca ter ficado sem drogas depois de experimentar pela primeira vez. Já os pacientes com problemas na Justiça são 49%. Os homens representam 83,5% dos entrevistados - e 51% desse total tem hoje entre 25 e 29 anos. Os jovens entre 18 e 24 anos representam 15,5%.  Adolescentes entre 12 e 17 anos somam 5%, mas a maioria começou cedo. E 67,5%, experimentou drogas entre 12 e 17 anos.

A droga de início de 37% foi o álcool, com o tabaco aparecendo em seguida, com 32%. Hoje, 17% usam crack.  As condições econômicas e sociais estão intimamente relacionadas. O vício causou problemas econômicos e sociais em 27% dos casos. A renda mensal familiar é de zero a um salário mínimo entre 38% dos entrevistados e de um a três salários em 40% dos casos, sendo que 41% relataram estar desempregado quando procuraram atendimento. Cerca de 45% das pessoas  tinham ensino fundamental incompleto à época. A superintendente do Cread, Rosângela Paulino, explica que o tratamento deve considerar o contexto.  “Apesar de o foco ser o tratamento das drogas, tenta-se ver a pessoa como um todo. O uso de entorpecentes traz, principalmente, problemas sociais e financeiros.”, disse.

O Cread é o polo de implementação das políticas públicas sobre drogas de Minas Gerais. Em BH, há uma equipe técnica composta de profissionais (psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros) prontos para atender e orientar, gratuitamente, educadores, famílias e os próprios usuários de álcool e outras drogas. Quando necessário, os técnicos encaminham o demandante para instituições especializadas em dependência química da rede de saúde ou grupos de mútua ajuda.

Para ser atendido

Pessoalmente na sede do Cread -  rua Rio de Janeiro, 471, terceiro andar – das 7h30 às 17h

Pelo telefone 155 opção 1

Por email cread@defesasocial.mg.gov.br

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