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Agricultura

16h02min - 29 de Abril de 2015 Atualizado em 17h12min

PIB de Minas Gerais apresenta retração de 1,1% em 2014

Um dos principais responsáveis foi o setor de agronegócios, que sofreu com a falta de chuvas no ano passado; indústria também apresentou retração

Divulgação/Seapa
Longos períodos de estiagem afetaram o agronegócio mineiro, como por exemplo a produção de café
Longos períodos de estiagem afetaram o agronegócio mineiro, como por exemplo a produção de café

Minas Gerais teve queda de 1,1% em seu Produto Interno Bruto (PIB) de 2014. A informação foi divulgada pela Fundação João Pinheiro (FJP), nesta quarta-feira (29/4), em Belo Horizonte. A agropecuária contribuiu fortemente para o resultado negativo, com o recuo de 4,1% registrado no setor. A indústria também apresentou retração expressiva, de 3%. Já o setor de serviços apresentou uma pequena variação positiva, de 0,2%. Os números do PIB mineiro confirmam a tendência de queda da taxa de crescimento do estado nos últimos três anos, que passou de 2,5% em 2012 para 0,9% em 2013.

O resultado negativo da agropecuária mineira em 2014 decorreu, principalmente, dos efeitos da estiagem, que castigou culturas importantes no estado, como as safras de café, batata-inglesa, a primeira safra do milho, a segunda safra do feijão e a banana.

De acordo com o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental da FJP, Thiago Almeida, o peso da agropecuária no PIB do estado gira em torno de 9%. “Como os efeitos da estiagem na agricultura em Minas Gerais foram severos e a atividade tem peso decisivo no PIB mineiro, a queda de 4,1% no volume do valor agregado pela atividade agropecuária em Minas Gerais foi decisiva para entender a retração de 1,1% no PIB estadual”, explica.

Na indústria mineira, o segundo resultado anual negativo consecutivo pode ser explicado pela retração de 4,8% no volume agregado da indústria de transformação, que teve resultados desfavoráveis principalmente na produção de bens de capital e duráveis, como na fabricação de automóveis e de máquinas e equipamentos. O cenário desfavorável da indústria de Minas em 2014 também é resultado da queda de 4,9% na construção civil e pelo decréscimo de 1% na produção de eletricidade e saneamento.

Nos serviços, a estagnação do resultado agregado refletiu a alta nas atividades do setor imobiliário e de aluguéis (3,0%), dos serviços de transporte, armazenagem e correios (1,2%) e da administração pública (0,4%), e a queda do comércio (1,2%) e no agrupamento de “outros serviços” (1,6%), que inclui os serviços de manutenção e reparação, alojamento e alimentação, informação e comunicação, intermediação financeira, serviços prestados às empresas, saúde e educação mercantis, serviços prestados às famílias e associativos e serviços domésticos.

Para o coordenador do Sistema de Contas Regionais de Minas Gerais e pesquisador da FJP, Raimundo Sousa, a retração na economia mineira é reflexo do cenário nacional. “O ciclo econômico é mais intenso em Minas Gerais. Quando a economia brasileira cresce, o estado cresce um pouco mais, mas quando a do país cai, caímos mais acentuadamente”, observa.

4° Trimestre de 2014

Na análise da série com ajuste sazonal, o PIB de Minas Gerais expandiu 0,2% no último trimestre de 2014 em relação ao trimestre imediatamente anterior. Para o resultado, contribuiu positivamente o desempenho da atividade agropecuária, que cresceu 2,6%. Nos serviços, a alta, também no quarto trimestre do ano passado, foi de 0,2%. Já a indústria mineira apresentou retração de 1,4% no mesmo período.

As informações estão disponíveis, na íntegra, neste link.

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