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O BDMG Acredita, uma linha de financiamento, lançada em abril de 2014, em uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), já liberou recursos da ordem de R$ 1 milhão para 80 empresas. Os financiamentos entre R$ 2 mil e R$ 15 mil estão disponíveis para empresas com até seis meses de registro na Junta Comercial.

O empresário pode responder o questionário, para identificação do perfil empreendedor, acessando-o no próprio site do BDMGou via banner no portal da Jucemg. O questionário deve ser preenchido pelo principal gestor da empresa e leva cerca de 30 minutos para ser concluído. As questões abrangem avaliação de habilidades empresariais, atitudes, inteligência, ética e caráter, que ajudam a avaliar aspectos ligados ao potencial de sucesso do respondente como empreendedor.

Ronie Azevedo, de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, formalizou sua empresa no fim de 2013. O Esquinão da Carne é açougue e mercearia aberto por Ronie com o pai, que trabalhou em supermercado e há mais de 30 anos é comerciante no bairro Cruzeiro. Pela experiência administrativa como gerente de vendas, corretor de imóveis e auxiliar de cobrança, Ronie cuida do caixa e do estoque, enquanto o pai se encarrega em atender a clientela.

A família precisava de recursos para capital de giro e compra de um balcão de açougue. Ronie preencheu o questionário do BDMG Acredita, na internet, e, em poucos dias, obteve o financiamento. "O acompanhamento passo a passo é bem fácil, não tive problemas. O financiamento chegou na melhor hora, pois estava precisando de capital. A taxa de juro de 1,8% é interessante, abaixo do que é oferecido pelos bancos", afirma. Outro diferencial, segundo Ronie, é a carência de 90 dias, que permite aplicar os recursos para "fazer acontecer" e depois pagar as parcelas.

Os sócios Sebastião Juarez Teixeira e José Carlos da Silva criaram, em fevereiro deste ano, a olaria Eco Olhos, em Olhos d'Água, no Vale do Jequitinhonha. A empresa fabrica cerca de 600 tijolos ecológicos por dia. "Eles não necessitam queima, como os tijolos convencionais, não poluem o meio ambiente ou degradam a natureza", explica Sebastião. Os tijolos contêm saibro, uma espécie de areia grossa com terra vermelha e cimento, e são mais baratos que os produtos tradicionais, já que utilizam menos matéria-prima. "A economia na obra é muito grande, em torno de 40%. Fazemos uma obra de 60 metros quadrados em 60 dias", explica José Carlos.

Sebastião conta que a solicitação do financiamento pelo BDMG Acredita foi bem fácil. "É tudo pela internet, você não precisa ir ao banco conversar com o gerente. O dinheiro caiu na conta em três dias. É uma iniciativa importante para iniciar as atividades, comprar equipamentos, fazer a estruturação do negócio, com juros bem baixos e adequados para quem está começando", destaca. Segundo ele, os recursos foram utilizados para a instalação da empresa em um galpão. A empresa também contratou cinco funcionários.