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A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) empossou, nesta quarta-feira (30/9), na sede do BDMG, os novos membros do Conselho Integrado de Desenvolvimento (Coind). A reestruturação foi uma iniciativa da secretaria dentro da linha adotada pelo governo Fernando Pimentel de ouvir a sociedade na definição de todas as políticas públicas.

O novo Coind é formado por integrantes de secretarias de Estado, BDMG, Codemig, Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), Assembleia Legislativa, ACMinas, Ciemg, Faemg, Fiemg, Fecomércio, Federaminas, Ocemg e Sebrae Minas. No evento, os novos conselheiros falaram sobre as dificuldades por que passam os diversos setores da economia mineira e ressaltaram, juntos, a necessidade de se discutir as novas políticas de desenvolvimento.

Desenvolvimento no estado

Presentes na solenidade, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, os diretores-presidentes Marco Aurélio Crocco (BDMG) e Marco Antonio Castelo Branco (Codemig) falaram de projetos e ações de desenvolvimento, bem como de economia e do trabalho para a retomada do crescimento.

Altamir Rôso observou como fundamental a participação das secretarias de Estado, do BDMG e da Codemig, assim como de todas as entidades representativas da iniciativa privada, na definição das políticas de desenvolvimento, incluindo a indústria de todos os segmentos, o comércio e os serviços. “A discussão com os membros do Coind será de grande valia para que o Estado possa avançar”, disse. 

O secretário mostrou, ainda, a estrutura da Sede com as subsecretarias, a Exportaminas e a Unidade Central de Parcerias Público-Privadas (PPP), que está facilitando o trabalho dos municípios mineiro por meio de consultoria gratuita. Essa unidade é considerada uma das melhores do Brasil em know-how

Ações e novos projetos

Os principais projetos e ações da Sede foram detalhados na ocasião, como, por exemplo, o Desenvolve Minas, Minas Competitiva, Plataforma Mineira de Bioquerosene, Plano Mineiro de Exportações. Altamir Rôso falou, também, do trabalho do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fopemimpe) no interior de Minas Gerais, instalado no Triângulo Sul e com plano de se estender a todas as regiões.

Além disso, o secretário destacou outras atividades realizadas pela pasta, como a inserção de Minas Gerais no Plano Nacional da Cultura Exportadora, energias renováveis e o desenvolvimento da aviação pelo interior do estado, e também projetos nas áreas de mineração, infraestrutura tecnológica e biotecnologia.

O diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marco Aurélio Crocco, contextualizou a situação da economia no mundo, no Brasil e em Minas Gerais. Na oportunidade, Crocco mostrou a recuperação das principais economias, algumas delas com taxas bem menores de crescimento do que se via antes da crise de 2008. Crocco lembrou, ainda, que as crises são cíclicas e que a economia mineira cresceu por muitos anos acima da média brasileira, entretanto, com a recessão que ora se apresenta, Minas Gerais está sentindo mais do que outros estados, pois tem nas commodities um peso importante na composição do seu Produto Interno Bruto (PIB).

Para o diretor-presidente do BDMG, o ano de 2015 é de ajustes que refletem na atividade econômica e, consequentemente, nas taxas de crescimento. “Ajuste por si só não atrai o empresariado, é preciso mais”, afirmou.  Contudo, Crocco acredita que será possível retomar a atividade econômica, e mostrou algumas potencialidades de Minas Gerais que precisam ser exploradas para atrair empresas.

Codemig como novo foco 

Segundo Marco Antonio Castelo Branco, a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) tem capital social de R$ 1,7 bilhão e receita líquida de R$ 520 milhões. Ele explicou que a Codemig mudou o seu foco e não vai trabalhar mais com fundo perdido. Citou, também, três eixos estratégicos de desenvolvimento: energia, mineração e metalurgia; indústria de alta tecnologia; indústria criativa. Para a sequência do trabalho, Castelo Branco ressaltou que a Codemig poderá descentralizar ações e estabelecer novas parcerias, facilitar às empresas o acesso ao crédito, expandir e adequar o portfólio de investimentos.