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11h15min - 28 de Maio de 2014 Atualizado em 11h15min

RMBH registra taxa de desemprego de 8,7% em abril

O dado faz parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), divulgada nesta quarta-feira (28/05)

Em abril de 2014 a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) passou dos 8,3% registrados em março para 8,7% da População Economicamente Ativa (PEA). O resultado se deve à diminuição tanto do contingente de ocupados (31 mil) quanto do número de pessoas que participam do mercado de trabalho (23 mil). Os dados são parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), divulgada nesta quarta-feira (28/05) pela Fundação João Pinheiro (FJP), Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), pelo Dieese e pela Fundação Seade.

De acordo com Plínio Campos, coordenador técnico da pesquisa pela FJP, o acréscimo de 3,9% na taxa de desemprego em abril significou o incremento de oito mil trabalhadores no contingente de desocupados em comparação ao mês anterior. “O aumento do desemprego é consequência da desaceleração do crescimento econômico no primeiro trimestre do ano”, explicou.

A taxa de participação, proporção de pessoas com dez anos ou mais de idade inseridas no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou dos 57,3% registrados em março para 56,7%. A pesquisa também apontou a diminuição de 1,4% no número de ocupados em relação ao mês anterior, totalizando 2.227 mil empregados.

Ainda segundo a pesquisa, houve um aumento de 16 mil ocupações (5,5%) na indústria de transformação, enquanto os demais setores apresentaram redução. Nos serviços, o decréscimo foi de 28 mil (2,2%); no setor de comércio e reparação de veículos, de 11 mil (2,5%); na construção, de 5 mil (2,4%).

“Seguindo uma tendência natural do mercado de trabalho, o incremento de postos na indústria de transformação está ligado à necessidade de reposição dos estoques vendidos no final do ano. Outro fator importante para isso é a produção do que será comercializado nas próximas datas comemorativas como Dia dos Namorados, dos Pais, das Crianças e Natal”, disse Campos. 

No período avaliado, houve diminuição de postos de trabalhos no setor privado (33 mil, 2,1%). O setor público permaneceu estável. No setor privado, a retração resultou do decréscimo de assalariados com registro em carteira (25 mil, 2,1%) e dos trabalhadores sem carteira assinada (8 mil, 6,8%). Constatou-se também redução no contingente de empregados domésticos (8 mil, 5,6%) e dos trabalhadores classificados nas “demais posições” ocupacionais (5 mil, 2,8%). Entre os autônomos, houve acréscimo de 15 mil (4,3%) postos. “O desaquecimento do mercado de trabalho refletiu-se no crescimento do número de ‘autônomos por falta de opção’, que voltam à atividade com salários menores para conseguir alguma renda”, garantiu Plínio Campos. 

A pesquisa também constatou que o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 25 semanas, igual ao mês anterior.

Rendimentos

Em março de 2014 o rendimento real médio dos ocupados aumentou 1,5% em relação a fevereiro e foi estimado em R$ 1.905. O salário real médio também cresceu (1,2%) e passou a valer R$ 1.858. O rendimento médio dos autônomos aumentou 1,4% e foi estimado em R$ 1.616. No setor privado, o salário médio real permaneceu estável (0,2%): R$ 1.607.

Observou-se ainda redução de 0,4% no rendimento médio dos trabalhadores do setor de serviços. O da indústria de transformação, por sua vez, manteve relativa estabilidade: 0,3%. No entanto, os salários do comércio e reparação de veículos tiveram acréscimo de 1,3%. Comparando os meses de março de 2014 e março de 2013, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 9% e passou de R$ 1.748 para R$ 1.905. O salário real médio também cresceu 6,8%: passou de R$ 1.739 para R$ 1.858.

No setor privado, foi registrado incremento dos salários médios reais pagos no setor de serviços (7,8%). Houve, porém, ligeira redução no comércio e na reparação de veículos (0,4%) e relativa estabilidade na indústria de transformação (0,2%). Para os assalariados com carteira assinada, o rendimento médio cresceu 8,3%. Para os sem registro em carteira, constatou-se redução de 11,2%. Entre os autônomos, o rendimento médio variou 6,4%, no período em análise.

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