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Economia / Desenvolvimento

12h00min - 16 de Julho de 2015 Atualizado em 13h46min

Rodada de Negócios da Apex-Brasil prospecta geração de US$ 3 milhões em negócios

Produtos mineiros como café, pão de queijo, doce de leite, cerveja artesanal, cachaça, entre outros, abrem mercados durante o V Fórum Empresarial do Mercosul

Sebastião Jacinto Junior
A expectativa é que sejam gerados US$ 3 milhões em negócios, envolvendo as empresas brasileiras
A expectativa é que sejam gerados US$ 3 milhões em negócios, envolvendo as empresas brasileiras

Produtos típicos do agronegócio mineiro, como a cachaça artesanal, o pão de queijo, doce de leite, além do café, poderão, em pouco tempo, cair no gosto de países como o Uruguai, Panamá, Colômbia, Paraguai e Argentina. Reunidos na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), representantes desses países tiveram a oportunidade de prospectar negócios com empresas mineiras durante a rodada de negócios promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). 

A expectativa é que sejam gerados US$ 3 milhões em negócios, envolvendo as 21 empresas brasileiras participantes, ao longo dos próximos 12 meses. A programação integrou o V Fórum Empresarial do Mercosul, realizado nesta semana em Belo Horizonte. Desenvolvida em parceria com a Fiemg, a rodada foi composta por 18 marcas mineiras. Além dos setores citados, a negociação também abrangeu os lácteos, mel e maquinas agrícola.

“A nossa intenção ao nos integrarmos ao V Fórum Empresarial do Mercosul foi a de levar ao evento o foco da promoção comercial. Conseguimos trabalhar tanto com os países do bloco, quanto com outros que são mercados alvo para nós, como Colômbia, Chile e Panamá. Ressalto a importância da nossa parceria e integração com o Governo de Minas Gerais, Fiemg, MRE, BNDES, entre outros atores, o que favoreceu a qualidade do evento", comenta Rafael Prado, coordenador de Promoção de Negócios da Apex-Brasil.

Exportações

Com o objetivo de estreitar o comércio com os vizinhos do Mercosul, a Maricota espera que novos mercados da América do Sul tomem conhecimento do gosto típico do pão de queijo mineiro, além da linha de congelados e croquetes. A empresa, que já exporta para 15 países, acredita que o comércio com os países do bloco é uma excelente oportunidade de expansão.

“Para a gente é muito importante esse relacionamento com países vizinhos, pois reflete abertura de novos mercados”, afirma a representante internacional da marca, Marília Espalaor, que já prospecta negócios com a Argentina, Colômbia e Paraguai.

 A empresa Croques, fabricante de batatas palha, pré-cozida e congelada, com sede em São João del Rei, já exporta para os Estados Unidos, mas ainda não faz negócios com países do Mercosul. “O evento nos deu muito boas expectativas. Nosso objetivo é buscar parceiros na América do Sul”, diz o gerente comercial Rodrigo Dias.

Segundo ele,  a ideia é trabalhar com marcas próprias e adaptar o produto aos gostos e culturas locais. Dias relata ainda que a Colômbia consome batata palha em cinemas, como ocorre com a pipoca no Brasil, podendo ser um potencial comerciante da sua marca.

 A cachaçaria Engenho Buriti de Minas conquistou recentemente o selo do FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos, e aposta que a certificação a auxiliará na conquista de outros mercados também na América do Sul.

“Tivemos bons contatos na rodada. Com o comprador da Colômbia, por exemplo, acreditamos que vamos desenvolver uma boa relação, de longo prazo”, conta Cláudio Curi, representante comercial da empresa, cuja meta é passar de 3% do faturamento com exportações para 25% nos próximos anos.

 Com o objetivo de aumentar a popularidade com os doces de banana e goiaba industrializados, a Frutabella acredita que será possível mudar este cenário em breve. “Nos surpreendemos com o grande interesse que nosso produto despertou. Acredito que vamos fechar tanto negócios com uma maior diversidade de produtos”, diz Vania Cristina Pinheiro, representante da empresa.

 Para a fabricante de cervejas artesanais Backer, o evento foi importante para entender melhor o mercado da América do Sul. “Tivemos reuniões muito positivas com importadores da Colômbia, Argentina e Chile. Acho que vamos construir juntos uma estratégia para inserção dos nossos produtos nestes mercados”, conta Alessandra Lima, gerente de negócios internacionais.

A Itambé, fabricante de produtos lácteos, já exporta para 15 países e participou da rodada com boas perspectivas. “Fizemos um novo contato na Colômbia, país para o qual ainda não vendemos, e surgiram boas perspectivas também para o Chile e para os países da América Central”, conta Felipe de Freitas Duarte, representante da empresa, que apresentou seis produtos da linha seca (enlatados).

Compradores

Se de um lado empresas mineiras querendo vender, de outro estavam compradores interessados nos produtos do estado. Um exemplo dessa parceria de sucesso foi a Agro Repuesta Rios, representada pela diretora Sandra Escobar. Trabalhando com varejo e atacado, a executiva conta que ficou surpresa com a diversidade de produtos, como os minipães de queijo e também a geleia de cachaça.

Sandra relata que nos últimos anos houve uma expansão da demanda por produtos brasileiros, o que deverá refletir em um incremento das vendas nos três estabelecimentos de sua responsabilidade na Colômbia, Nova Jersey (EUA) e Chile. “Me senti muito à vontade e satisfeita com os produtos que conheci hoje. Um fator que se destacou na rodada é que a maioria das empresas com as quais eu conversei já tem uma estrutura de exportação”. 

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