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17h00min - 07 de Maio de 2015 Atualizado em 16h59min

Secretaria de Direitos Humanos apresenta propostas de parceria com o Ministério da Cultura

O objetivo é impulsionar a promoção dos Direitos Humanos e o fortalecimento da participação social na construção de políticas públicas

Lia de Paula
Propostas foram apresentadas em reunião na Casa de Direitos Humanos
Propostas foram apresentadas em reunião na Casa de Direitos Humanos

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, apresentou nesta quinta-feira (7/5) a representantes da Caravana da Cultura, durante visita à Casa de Direitos Humanos (CDH), uma série de propostas que podem ser viabilizadas por meio da parceria com o Ministério da Cultura (Minc), como forma de impulsionar a promoção dos Direitos Humanos e o fortalecimento da participação social na construção de políticas públicas.

Em carta entregue ao secretário de Articulação Institucional do Minc, Vinícius Wu, que veio a Belo Horizonte representando o ministro Juca Ferreira , Nilmário solicitou a criação de um Ponto da Cultura voltado à articulação das Associações de Proteção e Apoio ao Condenado (Apacs), para a produção e formação de pessoas condenadas em arte, tecnologia e cultura digital. Apresentou também a intenção de Minas em realizar um Festival da Cultura Indígena, como forma de viabilizar e fomentar as práticas culturais dos povos indígenas no Estado.

O documento elenca ainda a necessidade de mobilização sociocultural e o fomento às práticas culturais das comunidades quilombolas; a promoção de um circuito de formação e criação cultural no sistema socioeducativo, sobretudo nas medidas de semiliberdade e internação, com foco em linguagens como práticas circense, música, audiovisual, fotografia e literatura.

Além disso, Nilmário solicitou a articulação de redes de enfrentamento ao genocídio da juventude negra no Estado, por meio de iniciativas de sensibilização, capacitação, mobilização e criação cultural que reconheçam e valorizem diversas expressões das culturas juvenis, a exemplo do Hip Hop, do Funk e dos saraus periféricos.

Outros eventos

Durante o evento, representantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) entregaram também ao secretário do Minc um documento solicitando apoio à realização do Festival de Música Camponesa e da Feira Nacional de Reforma Agrária, que poderão ser realizadas em Belo Horizonte no ano que vem.

Nesse evento, além da descoberta de novos talentos na arte, na música e na poesia, haveria também a exposição de artesanato de várias regiões do Brasil. Hoje, só em Minas, o MST conta com cerca de 10 mil famílias (aproximadamente 50 mil pessoas) entre assentados e acampados.

Apacs

Em relação às Apacs, Nilmário informou que Minas tem hoje cerca de 2.300 pessoas cumprindo pena nesse sistema e que a reinserção na sociedade é superior a 90%, com reincidência no crime quase irrisória. "Nós temos dois projetos em Minas, que é estender esse método das Apacs para as mulheres e criar também uma ou duas unidades para adolescentes infratores, que estão estigmatizados pela sociedade", disse o secretário, lembrando que para alcançar esses resultados positivos das Apacs é necessário além do trabalho e da educação, um investimento também em arte e cultura.

O secretário do Minc, Vinícius Wu, afirmou que o Ministério tem muitas ações para desenvolver em conjunto com o Estado. "Como Minas é um estado diversificado, complexo e extenso, precisamos estabelecer um conjunto de estratégias que nos permitam uma penetração mais efetiva nesses territórios e uma maior aproximação com o poder local", disse, lembrando que nos últimos anos o Ministério da Cultura deu uma atenção menor do que deveria à cultura do Estado.

"Isso, por diversos motivos, inclusive pela própria indisposição e desinteresse de gestores em replicar aqui experiências importantes que sempre, do nosso ponto de vista, devem ser vistas como políticas de Estado. Mas o fato é que a presença do Ministério da Cultura nos últimos anos em Minas foi aquém do que esperamos construir nos próximos anos", enfatizou.

O secretário adjunto de Cultura de Minas, Bernardo Mata Machado, colocou a sua pasta à disposição para participar, de forma conjunta com a nova Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de toda essa articulação. "Os direitos culturais são componentes fundamentais dos Direitos Humanos", disse.

Participaram do evento o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Carlos Brandão, representantes da Fundação Banco do Brasil, da rede de coletivos Fora do Eixo e de vários movimentos sociais ligados às mulheres, crianças e adolescentes, idosos e da Rede de Mulheres Negras.

Casa de Direitos Humanos

Inaugurada em fevereiro de 2013, a Casa de Direitos Humanos (CDH), órgão da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, funciona na avenida Amazonas, 580, no centro de Belo Horizonte. Nesse espaço, reúnem-se 21 conselhos, órgãos e programas que atuam promoção dos direitos humanos e na proteção e restauração de direitos ameaçados ou violados. Por ano, em média, são atendidas na CDH 58 mil pessoas.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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