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Cultura

14h17min - 10 de Junho de 2015 Atualizado em 09h02min - 11 de Junho de 2015

Secretário de Cultura anuncia a continuidade do Teatro Klauss Vianna

Angelo Oswaldo se reuniu com deputados e membros da classe artística na ALMG. Cabe ao TJMG dar a palavra final sobre a preservação do local

Carlos Alberto/Imprensa MG
O secretário Angelo Oswaldo fez o anúncio durante reunião na Assembleia Legislativa de Minas
O secretário Angelo Oswaldo fez o anúncio durante reunião na Assembleia Legislativa de Minas

O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, anunciou nesta quarta-feira (10/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que o Teatro Klauss Vianna, importante ícone da arte contemporânea belo-horizontina e mineira, não será fechado e manterá seu funcionamento para apresentações artísticas.

A demolição do espaço estava programada para iniciar em agosto deste ano pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), dona do terreno, que planejava construir sua sede no local. A pedido do secretário, da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da classe artística, por meio do Movimento Klauss Vianna, o TJMG decidiu suspender as intervenções que seriam feitas no espaço.

O presidente do TJMG, Pedro Bittencourt, encomendou estudo sobre a manutenção da sala, com acesso autônomo, e a construção de espaço próprio para as sessões plenas do Judiciário. A decisão foi tomada após muitas reuniões e duas audiências públicas, que contaram com a participação de Angelo Osvaldo. Como próxima medida, que será a definitiva, o presidente do TJMG vai submeter sua decisão ao colegiado dos 120 desembargadores.

“Tudo aconteceu graças à sensibilidade do presidente do TJMG, que dialogou e ouviu os apelos. Tudo indica que o Tribunal vai respaldar a decisão do seu presidente. É o que nós acreditamos. Temos que comemorar com entusiasmo e alegria a decisão que foi anunciada. É um momento de celebrar a harmonia dos Três Poderes em favor da cultura em Minas Gerais”, frisou Angelo Oswaldo.

“Ganhamos tempo para buscar uma solução definitiva com o intuito de manter o Teatro Klauss Vianna. Estamos garantindo com essa decisão uma sobrevida para o Teatro Klauss Vianna, que estava com os dias contados. Nosso desafio é manter um entendimento com o TJMG”, destacou o presidente da Comissão de Cultura na ALMG, deputado João Bosco.

“Vamos encaminhar uma moção de apoio de permanência do teatro no local aos 120 desembargadores para que eles vejam a importância do que vão votar. Acredito que, por unanimidade, eles vão votar em favor da cultura. Fechar teatro é um atraso”, reiterou o propositor do requerimento em prol da manutenção do teatro, deputado Durval Angelo.

Se a decisão for confirmada pelos desembargadores em agosto, a Oi Futuro vai continuar sendo a patrocinadora e mantenedora do espaço e contribuirá com a construção do anexo destinado ao TJMG.

//Reprodução/Teatro Oi Futuro Klauss Vianna

Classe artística comemora

Representantes da classe artística mineira estiveram presentes na ALMG e comemoraram o anúncio das decisões. Entre os presentes estava a representante do Movimento Viva Klauss, Maria Regina Fagundes Amaral. “É um primeiro passo e não podemos descansar. O Teatro Klauss Viana deve ser preservado pela história e trajetória, pela memória que ele carrega. É um bem que tem que ser preservado a todo custo”, ressaltou.

“Queremos a preservação do espaço com finalidade cultural a que ele se destina. É unânime que o funcionamento do teatro não prejudica o funcionamento do Tribunal de Justiça. A convivência é pacífica e possível”, defendeu Maria Regina.

Histórico da situação

O Teatro Kaluss Vianna foi construído pelo Bradesco como uma compensação após o banco ter demolido o Cine Metrópole em 1984. Há dois anos, o Estado declarou o imóvel de utilidade pública e o negociou com o TJMG por R$ 210 milhões.

Em contrapartida, o Judiciário cedeu o terreno no bairro Barro Preto, onde o governo estadual implantou o Centro de Cultura Itamar Franco. O moderno espaço oferece as melhores condições para apresentações orquestrais, todavia, é impróprio para receber espetáculos de dança ou teatro, como acontece no Teatro Klauss Vianna.

“O governo anterior fez uma troca com Poder Judiciário para a construção do edifício sede. Evidentemente, ele sabia que estava sentenciando a morte do local. Foi um ato que colocou o Tribunal de Justiça em uma situação difícil. O que estamos realizando é uma decisão de grande importância. É uma atitude histórica”, enfatizou Angelo Oswaldo.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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