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12h00min - 25 de Novembro de 2014 Atualizado em 11h58min

Site traz Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de 16 Regiões Metropolitanas do país

Atlas das Regiões Metropolitanas está disponível para consulta online e traz divisões intramunicipais de 2000 a 2010

A Fundação João Pinheiro (FJP), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançaram, nesta terça-feira (25), em Brasília, o Atlas das Regiões Metropolitanas, software que disponibiliza o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos anos 2000 e 2010 de 16 regiões metropolitanas do país e de suas divisões espaciais, as Unidades de Desenvolvimento Humano – UDH.  As RMs que compõem o Atlas somam 280 municípios (36,5% da população brasileira), desagregados em 9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH).

Além do IDHM e seus subíndices, o Atlas das RMs apresenta 230 indicadores socioeconômicos para as regiões metropolitanas e UDH deBelém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo e Vitória.

A ferramenta de consulta faz parte do Atlas de Desenvolvimento Humano, lançado em julho de 2013, um banco de dados eletrônico com informações desagregadas dos 5.565 municípios brasileiros e das 27 Unidades da Federação. Sãomais de 230 indicadores socioeconômicos nos temas população, educação, habitação, saúde, trabalho, renda e vulnerabilidade, construídos com base nos Censos demográficos do IBGE de 1991, 2000 e 2010.

As Unidades de Desenvolvimento Humano são divisões intramunicipais espaciais e homogêneas do ponto de vista socioeconômico, podendo ser menores que bairros, mas que preservam uma identidade reconhecida pela população. Entre os requisitos para a delimitação de uma UDH, é necessária uma área com um mínimo de 400 domicílios amostrados pelo Censo do IBGE.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é calculado por uma média geométrica dos subíndices das dimensões educação, longevidade e renda, variando de 0,000 a 1,000. Na escala do IDHM, de 0,000 a 0,499 é considerado muito baixo desenvolvimento humano, de 0,500 a 0,599 é considerado baixo, de 0,600 a 0,699 é considerado médio, de 0,700 a 0,799 é considerado alto e de 0,800 a 1,000 é considerado muito alto.

Atlas inclui 25% da população mineira

Em 2010, a Região Metropolitana de Belo Horizonte possuía 34 municípios, divididos em 40 regionais e 623 Unidades de Desenvolvimento Humano, somando uma população de 4,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 25% da população do Estado.

Entre as UDH da RMBH, a disparidade entre o menor e o maior IDHM caiu, entre 2000 e 2010, de 0,460 para 0,358: em 2000, o menor índice (0,462) foi verificado na UDH Melo Viana/Vivendas Barbosa/Tejuco (Esmeraldas), e o maior (0,922), na UDH Santo Agostinho/Lourdes (Belo Horizonte). Em 2010, o menor índice (0,597) foi registrado na UDH Vila Bom Destino: Loteamento Bom Destino (Santa Luzia) e o maior (0,955) permaneceu na UDH Santo Agostinho/Lourdes (Belo Horizonte).

Em 2000, a menor renda per capita (R$ 219,26) na RMBH foi verificada na UDH Déa Marly/Primeiro de Outubro (Ibirité) e a maior (R$ 4.970,87), na UDH Santo Agostinho/Lourdes (Belo Horizonte). Em 2010, a menor renda per capita (R$ 352,34) foi apontada na UDH Vila Bom Destino: Loteamento Bom Destino (Santa Luzia); e a maior (R$ 7.516, 82) na UDH Belvedere (Belo Horizonte).

A UDH Déa Marly/Primeiro de Outubro (Ibirité) também registrou, em 2000, a menor esperança de vida ao nascer na RMBH, com 66,27 anos. No mesmo ano, a UDH Santo Agostinho/Lourdes (Belo Horizonte) registrou uma esperança de vida ao nascer de 77,82 anos. Em 2010, a menor esperança de vida (69,18 anos) foi verificada na UDH Vila Bom Destino: Loteamento Bom Destino (Santa Luzia), alcançando um IDHM Longevidade de 0,736; e a maior (82,04 anos) na UDH Morro do Chapéu (Nova Lima), com IDHM Longevidade de 0,951.

Em 2010, o menor IDHM Educação (0,469) foi verificado na UDH Vila Braúnas: Urca/Vale das Cerejeiras Especial (Ribeirão das Neves) e o maior (0,920) na UDH Santo Agostinho/Lourdes (Belo Horizonte). Entre os subíndices de Escolaridade da População Adulta e de Frequência Escolar da População Jovem, os menores valores foram os da UDH Rio Manso (Rio Manso), de 0,271, e Vila Bom Destino/ Loteamento Bom Destino (Santa Luzia), de 0,541, respectivamente; e os maiores valores foram de 0,949 e 0,907, respectivamente, ambos da UDH Santo Antônio/São Pedro (Belo Horizonte).

Das 623 UDH da RMBH, 11 encontravam-se, em 2010, no nível muito alto desenvolvimento humano, 199 no nível alto, 265 no nível médio e oito no nível baixo.

A cidade de Belo Horizonte foi dividida em 277 UDH, que correspondem a 44,5% das UDH da RMBH. Entre o total de UDH da capital mineira, 31% possuem IDHM considerado muito alto, 28,5% alto e 40,4% médio. Entre todas as UDH da RMBH consideradas em nível alto, 57% estão em Belo Horizonte.

Em Betim, das 59 UDH, 42,4% situam-se no nível médio desenvolvimento humano, 39% no alto e 18,6% no muito alto. Em Contagem, subdividida em 68 UDH, o IDHM de 41,2% delas foi considerado em nível médio, 26,5% alto e 32,4% muito alto. Já em Ribeirão das Neves, das 34 UDH, 70,6% foram consideradas com IDHM em nível médio, 23,5% em nível alto e 5,9% muito alto. O IDHM mais baixo entre as UDH da RMBH foi registrado em Santa Luzia, o único município com unidades no nível baixo (8, ou 27,6% das 29 UDH), além de 27,6% no nível médio e 44,8% no nível alto.

Regiões Metropolitanas comparadas

A RMBH é a terceira maior do país em população (4,8 milhões), mas representa somente 25% da população do Estado, percentual que só é menor na RM de São Luís, cuja população é de 20,2% da população estadual.

No índice Gini de 2010, que me mede a desigualdade de renda entre as pessoas, a RMBH aparece na 6ª melhor colocação entre as 16 regiões metropolitanas analisadas, com 0,59 pontos. O índice varia de zero a um ponto, sendo melhor quanto mais próximo de zero. No Brasil, o índice de Gini foi apurado em 0,60. Entre as RM, Curitiba possui menor Gini (0,55), e Recife e a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride DF) possuem o maior (0,64).

Considerando-se o IDHM, a RMBH é a quarta melhor entre as regiões metropolitanas. Seu índice subiu de 0,682, em 2000, para 0,774, em 2010, ficando, nesse último ano, atrás somente da RM São Paulo (0,794), da Ride DF (0,792) e da RM Curitiba (0,783).

No IDHM Renda, a RMBH aparece em sexto lugar entre as RM. Entre 2000 e 2010, sua renda per capita passou de R$ 782,97 para R$ 1.079,91 e o IDHM Renda, de 0,737 para 0,788. Em 2010, esse índice só foi inferior aos da Ride DF (0,826) e das RM de São Paulo (0,812), Curitiba (0,803), Porto Alegre (0,797) e Rio de Janeiro (0,788). O IDHM da RMBH, em 2010, foi superior ao do país (0,739).

O IDHM Longevidade na RMBH subiu de 0,784, em 2000, para 0,849, em 2010, com o aumento da esperança de vida ao nascer de 72 para 76 anos. Esse índice é superior à média do país, de 0,816, mas inferior ao da Ride DF (0,857), da RM Porto Alegre (0,855), da RM Curitiba (0,853) e da RM São Paulo (0,853).

Já o IDHM Educação da RMBH passou de 0,549 para 0,694 entre 2000 e 2010, colocando-a, nesse último ano, em melhor situação que o país (0,637) e no 7º lugar no ranking das 16 RM pesquisadas, atrás de São Luís (0,737), São Paulo (0,773), Ride DF (0,701), Curitiba (0,701), Cuiabá (0,700) e Vitória (0,695). Sua posição só não é melhor devido ao subíndice Escolaridade da População Adulta, 4º pior entre as RM (62,6%), uma vez que, pelo subíndice Frequência Escolar da População Jovem é a 4ª melhor colocada.

Belo Horizonte se destaca entre capitais

Entre as capitais, Belo Horizonte é a quinta com melhor IDHM, sendo a quarta nos índices Longevidade e Educação e a sétima em Renda.

Entre os municípios mineiros, o menor IDHM, em 2010, foi verificado em São João das Missões, 0,529, e o maior, em Nova Lima, 0,813. O menor e maior IDHM Renda também foram apontados nos dois municípios, sendo 0,502, em São João das Missões, e 0,864, em Nova Lima.

O menor IDHM Longevidade foi apontado em Santa Helena de Minas, 0,723, e o maior em Passos, 0,886. Já o menor IDHM Educação em 2010 foi o de Araponga, 0,339, e o maior o de Montes Claros, 0,744, com a maior disparidade entre os índices, 0,405.

A consulta aos dados das Regiões Metropolitanas pode ser feita no site http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/destaques/

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