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Trabalho e Emprego | Trabalho / Social

17h11min - 26 de Setembro de 2012 Atualizado em 07h39min - 01 de Julho de 2013

Taxa de desemprego mantém relativa estabilidade na RMBH em agosto

No período, o número de ocupados apresentou pequena variação em relação ao mês anterior

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH) registrou no mês de agosto relativa estabilidade na taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Belo Horizonte ao passar de 5,0% (julho) para 5,2% da população Economicamente Ativa (PEA). No período, o número de ocupados apresentou pequena variação em relação ao mês anterior (0,3%) e foi estimado em 2 milhões e 316 mil trabalhadores.

Realizada mensalmente pela Fundação João Pinheiro (FJP), Secretaria de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade, a pesquisa observou o aumento de 6 mil pessoas (0,3%) no contingente de ocupados, número menor do que o de pessoas que passaram a fazer parte do mercado de trabalho (11 mil, ou 0,5%), o que resultou em um pequeno acréscimo no número de desempregados (5 mil, ou 4,1%). O tempo médio de procura por trabalho foi de 21 semanas, quatro a menos em relação ao mês de julho.

“Pequenas oscilações na taxa de desemprego podem ocorrer normalmente. Isto não é preocupante e não voltaremos a ter taxas altas como as que chegamos a ter no ano de 2000 e nos anos 1990. Além disso, alcançamos neste mês o menor tempo médio de procura por emprego desde o início da série histórica da pesquisa, em 1996”, explicou o coordenador da PED pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos.

Para a coordenadora técnica da pesquisa pelo Dieese, Gabrielle Selani, a estabilidade na taxa de desemprego é um fator positivo. “Não teremos diferença expressiva nas taxas de desemprego, pois não temos margem para grandes reduções. Comparado ao mesmo período do ano passado já registramos uma diminuição de 22% no número de desempregados na Região Metropolitana de Belo Horizonte”, explica.

Foram registrados acréscimos nos contingentes de ocupados dos setores da indústria de transformação (10 mil, ou 3,4%), construção civil (8 mil, ou 3,9%) e, em menor medida, do comércio e reparação de veículos (4 mil, ou 1,0%). Em movimento contrário, o setor de serviços registrou decréscimo no número de trabalhadores empregados (13 mil, ou 1,0%).

2012 x 2011

Nos últimos 12 meses o nível ocupacional aumentou 2,3%. Foram registrados acréscimos de postos de trabalho na construção civil (16 mil, ou 8,4%), na indústria de transformação (14 mil, ou 4,7%), nos serviços (12 mil, ou 0,9%) e no setor de comercio e reparação de veículos (10 mil, ou 2,5%). Houve acréscimo de 84 mil postos de trabalho no setor privado (6,6%) e o contingente de trabalhadores autônomos aumentou em 27 mil (7,3%) na RMBH. O setor público, por sua vez, perdeu 53 mil ocupações (15,9%).

O número de assalariados com carteira de trabalho assinada cresceu em 78 mil (6,9%), mas o contingente de trabalhadores sem registro em carteira também aumentou (6 mil, ou 4,2%). Já o segmento de empregados domésticos permaneceu relativamente estável em 1 mil (0,7%) e, nas “demais posições” houve decréscimo de 6 mil ocupações (4,4%).

“O processo de formalização do trabalho está cada vez mais forte, vemos isso em nossas taxas de desemprego. Nossa expectativa é que continue assim, tudo indica que finalizaremos o ano com taxas ainda mais reduzidas e esperamos que a economia volte a crescer ainda mais no próximo ano”, aponta Campos.

Rendimentos

O rendimento real médio dos ocupados foi estimado em R$ 1.359 em julho de 2012, permanecendo relativamente estável em relação ao mês anterior. O salário real médio apresentou acréscimo de 1,2% sendo estimado em R$ 1.338. No período, foram registrados aumentos nos salários médios da indústria de transformação (3,7%), comércio e reparação de veículos (0,9%) e serviços (0,7%). Entre os autônomos, o rendimento médio teve variação negativa de 3,2% e foi estimado em R$ 1.422.

Em relação a 2011 o rendimento real médio dos ocupados diminuiu 4,8%, passando de R$ 1.428 para R$ 1.359 e o salário real médio diminuiu 4,9% ao passar de R$ 1.406 para R$ 1.338. No setor privado foi registrado aumento dos salários médios do comércio e reparação de veículos (7,6%) e da indústria de transformação (7,4%), e redução no setor de serviços (2,5%).

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