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13h40min - 25 de Setembro de 2013 Atualizado em 13h40min

Taxa de desemprego na Região Metropolitana de BH permanece estável em agosto

Percentual passou dos 7,1% registrados em julho para 6,9% no último mês; dados foram apontados pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, divulgada nesta quarta-feira

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH) referente ao mês de agosto de 2013 apontou que a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) manteve relativa estabilidade ao passar dos 7,1% registrados em julho para 6,9% da População Economicamente Ativa (PEA). Neste período, verificou-se aumento no contingente de ocupados (3 mil) e redução do número de pessoas à procura de trabalho (-2 mil), o que resultou na diminuição do número de desempregados (-5 mil) na RMBH. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (25) pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade.

Segundo o coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos, a RMBH tem apresentado, nos últimos seis meses, estabilidade em cerca de 7% na taxa de desemprego. “Esse comportamento é observado pela redução da expectativa de crescimento econômico e o aumento consecutivo das taxas de juros, que limitou a capacidade de investimento e de compra dos consumidores, impactando o mercado de trabalho. No entanto, a geração de postos de trabalho foi significativa e colaborou para a estabilidade dos índices”, observou.

A pesquisa também apontou um leve crescimento de 0,1% no número de ocupados em relação ao mês anterior, totalizando 2.314 mil trabalhadores.  O contingente de trabalhadores aumentou no setor de serviços (13 mil, ou 1%) e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (13 mil, ou 3,3%). Na construção, houve diminuição de 11 mil (4,9%) e na indústria de transformação de 4 mil (1,2%). 

O número de postos de trabalho entre os assalariados reduziu (21 mil), como resultado da diminuição de contratações no setor privado (21 mil) e da estagnação no setor público. Na área privada, o resultado é justificado pelo decréscimo do número de assalariados com registro em carteira (19 mil) e dos profissionais sem carteira (3 mil). No entanto, constatou-se um acréscimo do número de ocupados classificados nas “demais posições ocupacionais” (20 mil). Entre os autônomos, observou-se um aumento do contingente (2 mil), assim como os empregados domésticos (2 mil).

De acordo com a pesquisa, o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 24 semanas, uma a mais que o mês anterior. A taxa de participação, que se refere à proporção de pessoas com dez anos e mais de idade inseridas no mercado de trabalho, passou de 58,3% em julho, para 58,2%.

2012 x 2013

Na comparação entre os meses de agosto de 2012 e de 2013, a taxa de desemprego total na RMBH aumentou de 5,2% para os atuais 6,9%. O nível ocupacional cresceu 2,9%. Foram registrados acréscimos de postos de trabalho no setor de serviços (40 mil, ou 3,1%), na indústria de transformação (23 mil, ou 7,7%) e na construção (8 mil, ou 3,9%), enquanto o contingente de ocupados no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas manteve relativa estabilidade (1 mil, ou 0,2%).

“Na comparação de 2012 e 2013, observamos que, apesar da contínua geração de postos de trabalho este ano, o crescimento das ocupações em 66 mil foi insuficiente para atender às demandas do mercado de trabalho, que atingiu o total de 115 mil novas pessoas da PEA”, exemplificou Campos.

Rendimentos

Em julho de 2013 o rendimento real médio dos ocupados aumentou 6,5% em relação ao mês anterior e foi estimado em R$ 1.722. O salário real médio também cresceu (7,6%), sendo estimado em R$ 1.718.

O rendimento médio dos autônomos aumentou 4,7%, sendo estimado em R$ 1.410. No setor privado, o salário médio real cresceu 7,3% no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, 4,7% na indústria de transformação e 4,5% nos serviços.

Comparando os meses de julho de 2012 e julho de 2013, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 19,8%, passando de R$ 1.438 para R$ 1.722. O salário real médio também apresentou acréscimo de 21,4%, ao passar de R$ 1.415 para R$ 1.718.

No setor privado, foram registrados aumentos do salário médio real pago em todos os setores: na indústria de transformação (3%), nos serviços (17,1%), no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (4,8%). Para os assalariados com carteira assinada o rendimento médio cresceu 9,4% e, para os sem registro em carteira, 47,9%. Entre os autônomos, o rendimento médio diminuiu 6,2%, no período em análise.

Para Campos, o crescimento da renda é realidade em todos os setores, com exceção dos autônomos. “O aumento do rendimento médio dos ocupados é explicado pelo incremento dos salários nos setores privado e público. Na área privada, os resultados se devem ao crescimento de profissionais com carteira assinada com bons salários. Já a redução de 6,2% no rendimento dos autônomos é justificada pelo aumento do número de pessoas que retornam ao mercado com salários menores e puxam a renda desse grupo para baixo”, concluiu.  

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