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13h05min - 29 de Maio de 2013 Atualizado em 06h30min - 01 de Julho de 2013

Taxa de desemprego na RMBH permanece estável em abril

Os dados foram divulgados pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Trabalho e Emprego, Dieese e Fundação Seade

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), referente ao mês de abril de 2013, apontou que a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) manteve relativa estabilidade ao passar dos 7% registrados em março para 7,1% da População Economicamente Ativa (PEA). Neste período, verificou-se aumento nos contingentes de ocupados (12 mil) e de pessoas à procura de trabalho (15 mil), o que resultou no crescimento do número de desempregados (3 mil) na RMBH. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade.

Para o coordenador técnico da pesquisa pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos, esse comportamento é observado pelo aumento de pessoas à procura de trabalho. “O número de postos de trabalho gerado é insuficiente para absorver a quantidade de pessoas que estão entrando no mercado. A nossa expectativa é que nos próximos meses o aquecimento da economia, principalmente no setor do comércio, colabore para a redução da taxa de desemprego. As datas comemorativas como o dia das mães, dos namorados e dos pais vão impactar nesses resultados”, observou. 

Segundo a pesquisa, o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados foi de 20 semanas, permanecendo estável em relação ao mês anterior. A taxa de participação, que se refere à proporção de pessoas com dez anos e mais de idade inseridas no mercado de trabalho, passou de 57% em março, para 57,3%.

A pesquisa também apontou aumento de 0,5% no número de ocupados em relação ao mês anterior, totalizando 2.266 mil trabalhadores. Houve acréscimo no contingente de ocupados na área de serviços (16 mil, ou 1,2%) e no setor de comércio e reparação de veículos (7 mil, ou 1,8%). Foram registradas reduções na construção (8 mil, ou 3,7%) e na indústria de transformação (3 mil, ou 1,0%).

O número de postos de trabalho entre os assalariados permaneceu estável, como resultado da redução no setor privado (2 mil) e aumento no setor público (2 mil). Na área privada, houve uma ligeira redução do número assalariados com registro formal (3 mil) e aumento de profissionais sem registro em carteira (1 mil).  Observou-se, ainda, acréscimo no contingente de ocupados classificados nas “demais posições ocupacionais” (9 mil) e relativa estabilidade no número de autônomos (2 mil) e do emprego doméstico (1 mil).

2012 x 2013

Na comparação entre os meses de abril de 2012 e de 2013, a taxa de desemprego total na RMBH aumentou de 5% para os atuais 7,1%. O nível ocupacional registrou crescimento de 1,5%. Foram registrados acréscimos de postos de trabalho no setor de serviços (22 mil, ou 1,7%), na indústria de transformação (9 mil, ou 3%) e na construção (7 mil, ou 3,5%), enquanto houve  redução no contingente de ocupados no comércio e reparação de veículos (8 mil, ou 2%).

Rendimentos

Em março de 2013 o rendimento real médio dos ocupados apresentou relativa estabilidade (-0,2%) em relação ao mês anterior e foi estimado em R$ 1.648.  O salário real médio também apresentou pequeno acréscimo (0,6%), sendo estimado em R$ 1.640.

O rendimento médio dos autônomos diminuiu 4,4%, sendo estimado em R$ 1.433. No setor privado, houve redução do salário médio no setor de comércio e reparação de veículos (3,5%) e estabilidade na área de serviços, enquanto na indústria de transformação aumentou (4,2%). Comparando os meses de março de 2012 e março de 2013, o rendimento real médio dos ocupados aumentou 10,7%, passando de R$ 1.489 para R$ 1.648. O salário real médio também apresentou acréscimo (11,8%) ao passar de R$ 1.467 para R$ 1.640.

No setor privado foram registrados aumentos do salário médio real pago na indústria de transformação (14,4%) e nos serviços (8,8%) e redução no comércio e reparação de veículos (4,3%). Para os assalariados com carteira assinada o rendimento médio cresceu 4,8% e, para os sem registro em carteira, 38,4%.

Entre os autônomos, o rendimento médio diminuiu 2,6%, no período em análise. Ao comparar o comportamento desses profissionais em abril de 2013 e o mesmo período do ano passado, observa-se o aumento de 41 mil autônomos no mercado. “A diminuição do rendimento médio dos autônomos pode ser explicada pela maior dificuldade em se encontrar trabalho com carteira assinada nesse inicio de ano e pela necessidade desse grupo de realizar atividades remuneradas. Há também indícios de que essas pessoas preferem ser autônomas para garantir as horas livres do final de semana com salários próximos ao que teriam com carteira registrada, até encontrar empregos com registro que atendam suas expectativas”, afirmou Plínio Campos.

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