Desde a última semana, não há quem passeie por Belo Horizonte e não sinta o clima da Copa. Torcedores de todos os cantos do mundo estão na capital mineira para acompanhar as partidas do torneio de futebol de maior audiência do planeta. Neste sábado (21/06), o Mineirão recebe a disputa entre Argentina e Irã, que entram em campo às 13h, pelo Grupo F do Mundial. Assim como os colombianos fizeram no último sábado (14/06), os torcedores argentinos tomam conta da cidade e já fazem festa horas antes do início da partida.

Aos gritos de “Maradona é melhor do que Pelé”, os argentinos são maioria no entorno do estádio e, se confraternizando com torcedores brasileiros, fazem questão de deixar claro que a rivalidade entre Argentina e Brasil se restringe apenas ao futebol. “Na primeira vez que vim ao Brasil eu escolhi Florianópolis para passar as férias com a minha família. Agora eu vim acompanhar o Mundial com meu filho e outros amigos. Eu adoro o Brasil, adoro os brasileiros. A rivalidade entre os países existe apenas no futebol. Aqui em Belo Horizonte todos foram muito gentis com todos nós”, explicou Luciano Delosheros, funcionário de uma fábrica têxtil, que é natural da cidade de Guernica. “Somos 11 no total. Trouxe o meu filho mais velho, de sete anos, o caçula ficou com a mãe na Argentina”, destacou.

Mesmo estando em número visivelmente inferior, os iranianos não deixam de fazer festa em BH e estão bastante animados para a partida contra a Argentina. O engenheiro iraniano Kianoosh Rouzbahani mora na Austrália, mas garantiu presença em duas partidas de sua seleção de coração na Copa do Mundo deste ano. Depois de assistir o jogo contra a seleção do craque Messi, Rouzbahani segue para Salvador, onde, diretamente da Arena Fonte Nova, vai assistir a última partida do Irã na primeira fase do Mundial, contra a Bósnia. Para o jogo deste sábado, o engenheiro demonstra confiança. “Acho que o placar vai ser 2 a 1 para o Irã”, aposta.

Kianoosh Rouzbahani conta que visita o Brasil pela primeira vez e que está encantado com a hospitalidade dos brasileiros. Ele, que veio com mais três amigos que também moram na Austrália, chegou a Belo Horizonte na última sexta-feira (20/06) e já tem suas impressões sobre a cidade. “Gostei muito da cidade. É bonita e bastante interessante. Fomos a Savassi na última noite e gostamos da festa”, disse.

Papa no Brasil?

No meio do clima descontraído que toma conta do entorno do Mineirão neste sábado, é possível ver inúmeros grupos de amigos, que saíram de seus países para acompanhar partidas do Mundial na capital mineira. Mas, entre os grupos, um chama atenção de quem passa por perto. Mario Vitale saiu de Buenos Aires, junto com cinco amigos, para acompanhar os jogos da Argentina e se caracterizou de maneira especial. Vestindo uma batina e com uma máscara do Papa Francisco, Vitale se passa pelo pontífice, que é argentino, e faz sucesso entre estrangeiros e brasileiros.

Gabriel Keena, que integra a comitiva de amigos do “papa torcedor”, conta que o grupo chegou à capital mineira na última quinta-feira (19/06) e está curtindo a cidade, principalmente a Savassi, local de concentração de turistas nos últimos dias. Segundo ele, o hotel em que estão hospedados, fica a três quarteirões da principal praça da região, o que facilita a ida deles para o local. Os palpites dos argentinos para a partida deste sábado contra o Irã se dividem entre 3 a 0 e 5 a 0, mas há uma unanimidade entre eles: a Argentina vai golear a seleção asiática.

Festa antecipada

Nesta sexta-feira (20/06), um dia antes do jogo entre Argentina e Irã, o clima já era de entusiasmo nos arredores do estádio. Vários torcedores argentinos, alguns deles sem ingresso para a partida, ocuparam ruas da região da Pampulha e não pararam de cantar. Fãs de todas as partes do país vizinho, devidamente trajados com a camisa da seleção argentina, se confraternizaram com brasileiros, entoaram cânticos bem-humorados e prometeram todos os esforços para apoiar o time de Messi neste sábado.