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18h50min - 08 de Maio de 2013 Atualizado em 15h01min - 26 de Junho de 2013

ÁUDIO: Copasa apresenta cronograma de revitalização da Bacia da Lagoa da Pampulha

Obras serão concluídas até o final deste ano, permitindo que 95% do esgoto que hoje chega ao local seja coletado e tratado, informou a companhia

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Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (08), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) apresentou o cronograma das obras pela revitalização da Bacia da Lagoa da Pampulha. Segundo a companhia, as obras devem ser concluídas até dezembro deste ano.

O encontro aconteceu recém-inaugurada Estação Elevatória de Esgoto (EEE) Pampulha e contou com a participação do superintendente de Serviços e Tratamento de Efluentes, Eugênio Silva, do gestor do Programa de Despoluição da Bacia da Lagoa da Pampulha, Valter Vilela, do gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Weber Coutinho, do secretário da Regional Pampulha, Humberto Abreu, e do secretário-adjunto de Obras de Contagem, Luiz Arnaldo Junqueira Prata.

Valter Vilela destacou que o cronograma seguido pela Copasa está pactuado com as Prefeituras de BH e Contagem e com o Governo do Estado, que monitora todo o Programa da Pampulha. Ele ainda acrescentou que, com a conclusão das obras até dezembro deste ano, 95% do esgoto que hoje chega à Lagoa será coletado e tratado.

“Mas para resolver o problema de lançamento de esgoto definitivamente, é preciso que cada morador ligue seu imóvel às redes públicas. E como existem muitas famílias que moram praticamente dentro dos cursos d´água, estamos retirando essas pessoas desses locais e reassentando-as”, reforçou.

Já o gerente de planejamento da PBH, Weber Coutinho, afirmou que, sem as obras da Copasa, a despoluição não aconteceria até dezembro. “Os recursos da Prefeitura de BH, cerca de R$ 120 milhões, são destinados para o processo de desassoreamento e tratamento de água da Lagoa. Sem as intervenções que vêm sendo feitas pela companhia, a Lagoa levaria cerca de cinco anos, a partir da retirada de todo o esgoto, para se recuperar e alcançar uma qualidade ambiental desejada para um lago urbano. Com isso, vamos ter uma aceleração da capacidade de autorrecuperação do manancial e teremos, até a Copa do Mundo, uma Lagoa já em condições bem melhores”, observou.

EEE Pampulha

A nova Estação Elevatória de Esgoto Pampulha, cuja capacidade é para 24 milhões de litros de esgoto por dia, bombeará todo esgoto recebido da margem esquerda da Lagoa para a margem direita, de onde será encaminhado para tratamento na ETE Onça.

Entre as inovações feitas pela empresa, que buscam aperfeiçoar e reduzir os custos com a operação do sistema de esgotamento sanitário, destaca-se o primeiro Centro de Operação de Sistema (COS) do Estado, localizado dentro da EEE Pampulha, que permite monitorar, em tempo real, o funcionamento de 26 das 46 Estações Elevatórias de Esgoto que se encontram em operação na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A Estação Elevatória possibilitou o atendimento, com a coleta e a interceptação dos esgotos, aos bairros Tijuca, Amendoeiras, Bom Jesus e parte do Xangrilá, de Contagem. E com a entrada em operação dessa unidade, foi possível, ainda, desativar quatro antigas elevatórias – que não tinham capacidade para receber os esgotos gerados nesses bairros -, reduzindo, dessa forma, o custo de operação. A Copasa, também implantou mais de 12 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nas sub-bacias da margem esquerda da Lagoa.

Obras em andamento

Para acelerar o processo de despoluição da Lagoa da Pampulha, a Copasa assumiu algumas obras de infraestrutura urbana (desapropriações, remoção e reassentamento das famílias, e contenções de margens dos córregos) em Belo Horizonte e Contagem para viabilizar a implantação das redes coletoras e interceptoras nos córregos Braúnas, Campina Grande, Munizes e Zoológico, a implantação de mais três estações elevatórias, e dos interceptores da Avenida Nacional, em Contagem.

Desde que assumiu o compromisso, em 2002, de contribuir para a melhoria da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, a Copasa já investiu cerca de R$ 430 milhões.

De lá pra cá, foi construída a Estação de Tratamento de Efluentes – ETAF Pampulha, que trata parte das águas dos Córregos Sarandi e Ressaca, na qual foram investidos R$ 6 milhões. Na Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão do Onça, incluindo a implantação do tratamento secundário, foram investidos outros R$ 179 milhões, sendo R$ 115 milhões na primeira etapa e R$ 64 milhões na segunda.

Também foram implantados mais de 100 quilômetros de redes coletoras e interceptoras e construídas nove estações elevatórias, sendo que outras seis estão previstas para serem construídas em Belo Horizonte e Contagem, dentro do Programa Caça Esgoto e convênio com a prefeitura de Contagem, somando-se R$ 143 milhões.  Além desses recursos, oriundos da própria Copasa e do Estado, o Governo Federal, por meio do PAC II, destinou outros R$ 102 milhões, para implantação de redes coletoras e interceptoras na Bacia da Lagoa da Pampulha. Tudo isso possibilitou o incremento de mais de 11 mil novas ligações de esgoto.

Conscientização é fundamental

Além das obras e intervenções da Copasa e das Prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, é fundamental que a população também se conscientize do seu papel para a revitalização da Lagoa da Pampulha.

Atualmente, já são mais de 6 mil imóveis factíveis em Contagem – residências localizadas em ruas dotadas de rede de esgoto, mas que ainda não foram interligadas. Com a conclusão das obras, mais ruas passarão a contar com rede de esgoto, possibilitando que outros 5 mil imóveis tenham acesso aos serviços de coleta. Por isso, é necessário que todos os imóveis cujas ruas já disponham de redes coletoras de esgoto sejam devidamente interligados.

Outro grande desafio é a disposição adequada dos resíduos sólidos. Para que esse material não chegue à lagoa por meio dos córregos afluentes, é necessário que cada cidadão descarte o lixo em locais apropriados.

E no intuito de contribuir para essa conscientização popular, a Copasa vem desenvolvendo ações de educação ambiental junto às comunidades na região da Lagoa. As ações incluem, entre outras, visitas domiciliares para adesão à rede de esgoto e informação sobre tarifa social; oficinas; cursos para capacitação de agentes mirins; e caminhada ecológica.

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