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18h42min - 08 de Maio de 2013 Atualizado em 14h40min - 01 de Julho de 2013

Copasa apresenta cronograma de revitalização da Bacia da Lagoa da Pampulha

Obras serão concluídas até o final deste ano, permitindo que 95% do esgoto que hoje chega ao local seja coletado e tratado, informou a companhia

Divulgação/Copasa
Estação Elevatória de Esgoto Pampulha tem capacidade para 24 milhões de litros de esgoto por dia
Estação Elevatória de Esgoto Pampulha tem capacidade para 24 milhões de litros de esgoto por dia

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (08), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) apresentou o cronograma das obras pela revitalização da Bacia da Lagoa da Pampulha. Segundo a companhia, as obras devem ser concluídas até dezembro deste ano.

O encontro aconteceu recém-inaugurada Estação Elevatória de Esgoto (EEE) Pampulha e contou com a participação do superintendente de Serviços e Tratamento de Efluentes, Eugênio Silva, do gestor do Programa de Despoluição da Bacia da Lagoa da Pampulha, Valter Vilela, do gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Weber Coutinho, do secretário da Regional Pampulha, Humberto Abreu, e do secretário-adjunto de Obras de Contagem, Luiz Arnaldo Junqueira Prata.

Valter Vilela destacou que o cronograma seguido pela Copasa está pactuado com as Prefeituras de BH e Contagem e com o Governo do Estado, que monitora todo o Programa da Pampulha. Ele ainda acrescentou que, com a conclusão das obras até dezembro deste ano, 95% do esgoto que hoje chega à Lagoa será coletado e tratado.

“Mas para resolver o problema de lançamento de esgoto definitivamente, é preciso que cada morador ligue seu imóvel às redes públicas. E como existem muitas famílias que moram praticamente dentro dos cursos d´água, estamos retirando essas pessoas desses locais e reassentando-as”, reforçou.

Já o gerente de planejamento da PBH, Weber Coutinho, afirmou que, sem as obras da Copasa, a despoluição não aconteceria até dezembro. “Os recursos da Prefeitura de BH, cerca de R$ 120 milhões, são destinados para o processo de desassoreamento e tratamento de água da Lagoa. Sem as intervenções que vêm sendo feitas pela companhia, a Lagoa levaria cerca de cinco anos, a partir da retirada de todo o esgoto, para se recuperar e alcançar uma qualidade ambiental desejada para um lago urbano. Com isso, vamos ter uma aceleração da capacidade de autorrecuperação do manancial e teremos, até a Copa do Mundo, uma Lagoa já em condições bem melhores”, observou.

EEE Pampulha

A nova Estação Elevatória de Esgoto Pampulha, cuja capacidade é para 24 milhões de litros de esgoto por dia, bombeará todo esgoto recebido da margem esquerda da Lagoa para a margem direita, de onde será encaminhado para tratamento na ETE Onça.

Entre as inovações feitas pela empresa, que buscam aperfeiçoar e reduzir os custos com a operação do sistema de esgotamento sanitário, destaca-se o primeiro Centro de Operação de Sistema (COS) do Estado, localizado dentro da EEE Pampulha, que permite monitorar, em tempo real, o funcionamento de 26 das 46 Estações Elevatórias de Esgoto que se encontram em operação na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A Estação Elevatória possibilitou o atendimento, com a coleta e a interceptação dos esgotos, aos bairros Tijuca, Amendoeiras, Bom Jesus e parte do Xangrilá, de Contagem. E com a entrada em operação dessa unidade, foi possível, ainda, desativar quatro antigas elevatórias – que não tinham capacidade para receber os esgotos gerados nesses bairros -, reduzindo, dessa forma, o custo de operação. A Copasa, também implantou mais de 12 quilômetros de redes coletoras e interceptoras nas sub-bacias da margem esquerda da Lagoa.

Obras em andamento

Para acelerar o processo de despoluição da Lagoa da Pampulha, a Copasa assumiu algumas obras de infraestrutura urbana (desapropriações, remoção e reassentamento das famílias, e contenções de margens dos córregos) em Belo Horizonte e Contagem para viabilizar a implantação das redes coletoras e interceptoras nos córregos Braúnas, Campina Grande, Munizes e Zoológico, a implantação de mais três estações elevatórias, e dos interceptores da Avenida Nacional, em Contagem.

Desde que assumiu o compromisso, em 2002, de contribuir para a melhoria da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, a Copasa já investiu cerca de R$ 430 milhões.

De lá pra cá, foi construída a Estação de Tratamento de Efluentes – ETAF Pampulha, que trata parte das águas dos Córregos Sarandi e Ressaca, na qual foram investidos R$ 6 milhões. Na Estação de Tratamento de Esgoto do Ribeirão do Onça, incluindo a implantação do tratamento secundário, foram investidos outros R$ 179 milhões, sendo R$ 115 milhões na primeira etapa e R$ 64 milhões na segunda.

Também foram implantados mais de 100 quilômetros de redes coletoras e interceptoras e construídas nove estações elevatórias, sendo que outras seis estão previstas para serem construídas em Belo Horizonte e Contagem, dentro do Programa Caça Esgoto e convênio com a prefeitura de Contagem, somando-se R$ 143 milhões.  Além desses recursos, oriundos da própria Copasa e do Estado, o Governo Federal, por meio do PAC II, destinou outros R$ 102 milhões, para implantação de redes coletoras e interceptoras na Bacia da Lagoa da Pampulha. Tudo isso possibilitou o incremento de mais de 11 mil novas ligações de esgoto.

Conscientização é fundamental

Além das obras e intervenções da Copasa e das Prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, é fundamental que a população também se conscientize do seu papel para a revitalização da Lagoa da Pampulha.

Atualmente, já são mais de 6 mil imóveis factíveis em Contagem – residências localizadas em ruas dotadas de rede de esgoto, mas que ainda não foram interligadas. Com a conclusão das obras, mais ruas passarão a contar com rede de esgoto, possibilitando que outros 5 mil imóveis tenham acesso aos serviços de coleta. Por isso, é necessário que todos os imóveis cujas ruas já disponham de redes coletoras de esgoto sejam devidamente interligados.

Outro grande desafio é a disposição adequada dos resíduos sólidos. Para que esse material não chegue à lagoa por meio dos córregos afluentes, é necessário que cada cidadão descarte o lixo em locais apropriados.

E no intuito de contribuir para essa conscientização popular, a Copasa vem desenvolvendo ações de educação ambiental junto às comunidades na região da Lagoa. As ações incluem, entre outras, visitas domiciliares para adesão à rede de esgoto e informação sobre tarifa social; oficinas; cursos para capacitação de agentes mirins; e caminhada ecológica.

SEGOV - Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais

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