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Um dos meios de comercialização de produtos da agricultura familiar no Estado, as chamadas feiras livres, têm sido ao longo dos anos fomentadas e fortalecidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). E isso acontece por meio de várias ações. Exemplo disso vem desde 2010 do Minas Sem Fome (MSF), programa que a empresa pública mineira gerencia. Só para este final de ano, a Emater-MG agenda a entrega de equipamentos bancados pelo programa para a implantação de 41 projetos de feiras livres em municípios do Estado, no valor de R$ 320 mil.

Os materiais (balanças, jalecos e barracas), usados para padronizar e organizar as feiras compõem os kits do programa, que este ano, já começaram a ser enviados para alguns escritórios da empresa no interior, entre eles o do município de São Francisco, no Norte mineiro. A informação é do gestor do projeto de feira livre do MSF, Ademar Moreira. “Tradicionalmente a Emater-MG tem participação efetiva na organização e implantação dessas feiras no Estado, desenvolvendo ações com o objetivo de fortalecer e qualificar a inserção dos agricultores familiares, neste canal de comercialização”, explica.

Segundo Ademar, só com a verba do Minas Sem Fome, a Emater-MG terá investido até o final deste ano, mais de R$ 1 milhão em equipamentos para 104 feiras livres, beneficiando um total 2.200 famílias de agricultores familiares no Estado. O valor é a soma das aplicações dos anos 2010, 2011, 2012 e 2013, conforme o gestor.

De acordo com Ademar Moreira, o processo de instalação de uma feira livre de produtos da agricultura familiar inicia-se pelo interesse dos produtores organizados, a partir da demanda dos consumidores. Moreira chama a atenção para a importância de a iniciativa envolver a parceria de prefeituras, sindicatos de trabalhadores rurais ou de produtores, conselhos gestores do município e colegiados como o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Consea), entre outros órgãos de apoio, além da Emater-MG.

Para o coordenador técnico, a feira livre é um empreendimento que valoriza a identidade regional, gera trabalho, ocupação, renda e receitas que dinamizam a economia dos pequenos municípios. “É definitivamente um espaço de socialização, profissionalização e inclusão socioeconômica do agricultor e de sua família”, argumenta.