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Patrimônio marcante da cultura mineira, o coreto da Praça da Liberdade, localizado em área nobre de Belo Horizonte, será reinaugurado neste domingo (21). A partir um termo de cooperação firmado pelo Governo de Minas, que garantiu a realização de obras de restauração, um dos maiores símbolos arquitetônicos do Estado será reaberto ao público.

O termo de cooperação foi assinado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), o Instituto Cultural do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG Cultural) e a Associação dos Notários e Registradores do Estado de Minas Gerais (Anoreg-MG), que garantiu as obras de revitalização no coreto da Praça da Liberdade.

A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, ressalta a importância da reinauguração do coreto. “Trata-se de um espaço que o público mineiro sempre ocupou com muito carinho, fazendo do coreto da Praça da Liberdade um cenário para encontros e lazer. É um verdadeiro patrimônio cultural da cidade e do Estado, que volta para os mineiros agora restaurado”, destaca a secretária Eliane Parreiras.

Para marcar a reinauguração, o Governo de Minas promove uma intensa programação cultural para crianças e adultos. As atrações e apresentações se estenderão durante toda a manhã deste domingo, com teatro de bonecos, roda de choro, sarau de poesia e exibições de dança. Além disso, durante o evento, artistas plásticos terão a Praça da Liberdade como inspiração para pinturas e desenhos ao ar livre.

Após quase dois anos interditado, o coreto da Praça da Liberdade está com forro, cobertura, piso, guarda-corpo, porão e pintura externa recuperados. A partir da parceria firmada pelo Iepha, BDMG Cultural e Anoreg-MG, o monumento recebeu orientação técnica da restauradora Maria Renina Reis Ramos. Durante a programação especial de reinauguração promovida pelo Governo de Minas, neste domingo, as atividades contam, ainda, com apoio do Circuito Cultural da Praça da Liberdade e da Prefeitura de Belo Horizonte.

Programação especial

A programação terá início às 9h, com a apresentação da Associação de Teatro de Bonecos do Estado de Minas Gerais. Os grupos Circulador, Cine Teatro Vagalume, Caminhão Mambembe Fiorini, Pigmalião Escultura que Mexe, Matraca, Aldeia e Tamanduá sem Bandeira apresentarão espetáculos de cenas curtas.

Para dar um toque nostálgico à reinauguração, caixas lambe-lambe – tradicionais profissionais de fotografia – também estarão espalhadas pela Praça da Liberdade, com miniaturas de encenações teatrais. Em seguida, os bailarinos da companhia de dança de rua Impacto, de Viçosa  apresentarão o espetáculo, “Cromossomo Y”. Na programação haverá o Sarau de Poesia com as participações de Murilo Antunes, Kiko Ferreira, Mário Alex Rosa, Wilmar Silva e Bianka de Andrade.

Para encerrar a programação haverá roda de choro, conduzida por Thiago Delegado e com a participação dos músicos Pablo Dias, Marcos Frederico, Ricardo Acácio e Sérgio Danilo. Durante a apresentação, os bailarinos da escola de dança “A Casa Dança de Salão” convidarão o público para dançar. O evento contará, também, com a presença do radialista Tutti Maravilha, que narrará curiosidades sobre o coreto; e os artistas plásticos Leonora Weissmann, Rachel Schembri, Thiago Mazza, Anna Goebel e Rogério Fernandes.

Patrimônio histórico

Erguido no centro da Praça da Liberdade em 1913, a estrutura artística de ferro com base em alvenaria sempre foi um espaço tradicional de cultura e lazer para a população mineira. Por décadas, aos domingos, lá se reuniam inúmeros belo-horizontinos para apreciar as apresentações promovidas pela Banda Musical do 1º Batalhão da Brigada Policial de Minas Gerais. O local também foi ponto de encontro de escritores e intelectuais.

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade foi tombado pelo Iepha-MG em 1977. De acordo com os levantamentos reunidos no dossiê de tombamento, o coreto já fazia parte do projeto original da praça, concebido pelo arquiteto Luiz Olivieri e, após a remodelação do espaço por ocasião da visita dos reis Belgas a Belo Horizonte, em 1920, teria sido o único elemento preservado do antigo desenho da praça, conforme registros históricos.

Para acessar a programação cultural que marca a reinauguração, clique aqui (arquivo PDF).