BELO HORIZONTE (05/02/10) - Nesta sexta-feira (5), o secretário-executivo da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec/MG), coronel Alexandre Lucas Alves, concedeu entrevista coletiva para relatar as experiências do período em que esteve coordenando as ações de assistência humanitária em Porto Príncipe, no Haiti. Após chamado da Defesa Civil Nacional, o coronel permaneceu durante 15 dias naquele país colocando em prática a vivência em administração de desastres pelo Brasil. 

O secretário-executivo foi o único representante de uma coordenadoria de defesa civil brasileira e, com um membro da Secretaria Nacional de Defesa Civil, integrou uma delegação responsável pelo assessoramento dos órgãos brasileiros na gestão do desastre haitiano. A delegação foi colocada à disposição da Embaixada Brasileira no Haiti para identificar as principais necessidades da população e as logísticas da operação. 

“Trabalhamos com a coordenação das demandas inteligentes identificando, primeiramente, o que era necessário no momento e quem precisava. Depois, estudávamos qual era a melhor forma de entrega”, esclarece o coronel Lucas. O secretário-executivo destacou que esse planejamento foi essencial para identificar, ainda no Brasil, materiais específicos de ajuda humanitária que atenderiam demandas determinadas. 

Foram enviadas para o Haiti 22 barracas, que estão sendo utilizadas como hospitais, creches e habitações; 100 rolos de lona, usados na confecção de abrigos temporários; além de 1.200 caixas de água potável da Copasa. Para coronel Lucas, a agilidade no envio dos materiais foi devido ao prévio preparo do Governo de Minas para os desastres naturais do Estado. “Minas Gerais é o único Estado com depósitos de material de ajuda humanitária, abastecido o tempo todo e, por isso, foi o primeiro que teve condição de disponibilizar, imediatamente, as doações”, afirma. 

No caminho certo

Segundo o coronel, Minas Gerais está no caminho certo em gestão de desastre. Para ele, a aplicabilidade do Sistema de Comando em Operações (SCO) só demonstra o quanto a administração de sinistros por objetivos é eficaz. 

Essa experiência fecha um ciclo na carreira do oficial. Nos próximos dias, ele estará assumindo a 14ª Região da Polícia Militar em Curvelo.