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Saúde

19h14min - 07 de Julho de 2009 Atualizado em 09h45min - 28 de Junho de 2013

Hemominas inaugura novo espaço de atendimento na capital

Com a inauguração das instalações do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte, pacientes da Fundação Hemominas terão mais conforto e qualidade no atendimento. Cerca de 4 mil pacientes com doenças do sangue e hemoglobinopatias terão atendimento integrado de equipe multidisciplinar.

BELO HORIZONTE (07/07/09) - Com a inauguração das novas instalações do ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte – um espaço de 900 metros quadrados –, realizada nesta terça-feira (7), pacientes da Fundação Hemominas da capital terão mais conforto e qualidade no atendimento. Cerca de 4 mil pacientes com doenças do sangue, entre coagulopatias (hemofilia, por exemplo) e hemoglobinopatias (anemia falciforme, em especial) terão atendimento integrado, conduzido por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, médicos, pedagogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos e dentistas.

A solenidade, iniciada com a apresentação do Coral Vozes Hemominas, contou com a presença do secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Marcus Pestana, da presidente e do vice-presidente da Fundação Hemominas, Anna Bárbara Proietti e Hélio Márcio Campos, entre outras autoridades. Pacientes e funcionários da instituição também compareceram ao evento.

De acordo com o secretário de Saúde, com o novo ambulatório, a Hemominas continua trilhando um caminho de respeito ao ser humano: “Em seus 24 anos, a fundação demonstra um compromisso inarredável com o atendimento humanizado ao paciente”, afirmou. Além disso, Pestana enfatizou a relevância do trabalho desenvolvido pela Hemominas, ao declarar que “o sangue é a tradução da vida”, sendo que a qualidade desse tecido líquido é essencial para o sucesso de todo o sistema da Saúde no Estado.

Na mesma linha, a presidente da fundação manifestou-se com alegria ao referir-se à inauguração do novo espaço. “Servidores e, especialmente, pacientes vão se sentir valorizados no ambulatório, um local agradável, amplo e adequado às atividades técnicas. A inauguração materializa um valor da Hemominas: a melhoria contínua”, afirmou Anna Bárbara. Para o vice-presidente da fundação, a conclusão das obras do ambulatório evidencia a sensibilidade do Governo de Minas com a área da saúde, que tem recursos prioritários, mesmo com a crise econômica. “A obra de reforma e ampliação do Hemocentro foi financiada com recursos do Tesouro Estadual, sendo investido o valor de R$ 4,2 milhões”, disse Campos.

O ambulatório abriga espaços para as seguintes áreas: administrativa, serviço social, pedagogia, secretaria, farmácia, sala de espera dos pacientes, sala de coleta de material, fraldário, seis consultórios médicos, um consultório de odontologia, fisioterapia, sala de transfusão para crianças e adultos.

Para Vanessa Renata Rodrigues, mãe do paciente Pedro Henrique Rodrigues, de 10 anos, as novas instalações do ambulatório propiciam um atendimento “de primeiro mundo”. “Meu filho, que tem hemofilia A, é tratado aqui há mais de oito anos e sempre teve um atendimento perfeito na Hemominas; agora, será ainda melhor, pois ficou mais bonito e confortável”, afirmou Vanessa, moradora de Pará de Minas.

“Sempre que preciso sou atendido com prontidão, o atendimento aqui é nota 10 e o novo ambulatório ficou ótimo!”, enfatizou o paciente Jaci Carlos Albino, de 25 anos. Portador de anemia falciforme, ele é atendido pelo ambulatório da Hemominas desde os 7 anos de idade.

Paciente da Hemominas desde os 4 anos, Isaías de Oliveira e Silva, atualmente com 25 anos, aprovou a obra: “a reforma e ampliação deram uma cara nova, ficou tudo muito bom. Fiquei surpreso em chegar aqui na instituição hoje e estar com toda essa festividade”, declarou o hemofílico.

As obras do ambulatório fazem parte da reforma e ampliação da área física do Hemocentro de Belo Horizonte – laboratórios, ciclo do doador, ambulatório e áreas administrativas. O objetivo da Fundação Hemominas foi o de melhorar o atendimento à população da capital na maior e mais complexa unidade da instituição. A reforma da unidade de Belo Horizonte teve início em 2005, sendo que a área do ambulatório começou a ser reformada ao final de 2007.

Cooperação internacional

Durante a solenidade, a Hemominas recebeu a visita do diretor do Centro Nacional de Doença Falciforme da Faculdade de Ciências em Saúde de Benin, Mohamed Cherif Rahimy e do representante do Ministério da Saúde de Benin Yenoukunmè Respice Nestor Koukoui. O objetivo da visita foi conhecer os procedimentos de atendimento ao paciente com doença falciforme adotados pela Hemominas. Após o evento, foi realizada uma reunião do corpo técnico da Hemominas e dos beninenses, quando foram discutidas temáticas relacionadas à cooperação internacional entre Brasil e Benin.

Segundo a médica hematologista da Hemominas Mitiko Murao, há um elevado índice de anemia falciforme no continente africano e os representantes da saúde de Benin demonstraram interesse em conhecer as práticas de atendimento aos falciformes.

Para o pediatra e hematologista beninense Rahimy, a Hemominas conta com uma estrutura desenvolvida e bem equipada, o que garante a qualidade das transfusões. “Fico entusiasmado em ver a vontade do Brasil de cooperar com a África. Espero que seja uma cooperação efetiva e exemplar, para que possamos levar ao meu país um atendimento de qualidade aos acometidos de doença falciforme”, disse o diretor do Centro Nacional de Doença Falciforme da Faculdade de Ciências em Saúde de Benin.

Doenças

As coagulopatias hereditárias são representadas pelas hemofilias A e B. A maioria dos pacientes de coagulopatias hereditárias apresenta deficiência quantitativa ou qualitativa de um dos fatores da coagulação (fator VIII para a hemofilia A ou fator IX para a B). A deficiência de um desses fatores manifesta-se pela presença de sangramento espontâneo, em situações de trauma ou procedimentos cirúrgicos. O atendimento é realizado por meio de protocolo de tratamento baseado em manuais do Ministério da Saúde e da Federação Mundial de Hemofilia. Para melhor acompanhamento, os pacientes são, periodicamente, submetidos à avaliação laboratorial, médica, odontológica e fisiátrica. O tratamento baseia-se na reposição do fator de coagulação deficiente, administrado através dos concentrados liofilizados em cada ocorrência de sangramento. Esses concentrados são provenientes de vários doadores de sangue e submetidos a processo industrial para tornar inativos certos vírus transmissores de doenças. Eles são disponibilizados pelo Ministério da Saúde a todos os pacientes do país.

A hemoglobinopatia mais comum é a doença falciforme, uma das doenças genéticas com alta prevalência na população brasileira. No Estado, a Fundação Hemominas atende em seus ambulatórios, desde 1990, cerca de seis mil pacientes com doença falciforme. Alguns deles sofrem dessa hemoglobinopatia em sua forma mais grave, apresentando “crises falcêmicas”, que são crises de dor. Os sintomas possíveis, além de uma anemia crônica, são disfunções no baço, queda de imunidade, deficiência no crescimento, alterações cardiovasculares, ósseas, renais, oftalmológicas, além do risco de sofrer acidente vascular cerebral (AVC), causando sequelas motoras e do desenvolvimento.

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