• Reincidência de usuários de penas e medidas alternativas é de apenas 19%

BELO HORIZONTE (29/10/09) - A Polícia Civil realizou na manhã desta quinta-feira (29) uma mega-operação no Sul de Minas, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em furto e roubo de gado e produtos agropecuários. Denominada “Sentinela”, a ação policial se concentrou nas áreas rurais de Andradas e Ibitiura de Minas. Investigações, que vinham sendo realizadas há seis meses, identificaram que os criminosos estavam agindo também em municípios no Norte de São Paulo.

De acordo com o titular da Delegacia Regional de Alfenas, delegado João Simões, que comandou os trabalhos, a quadrilha invadia as fazendas, rendia os ocupantes da casa, roubava equipamentos e defensivos agrícolas, além de gado e café. Materiais como insumos agrícolas e produtos como café eram revendidos para o comércio local e os animais para frigoríficos.

Na ação policial em Andradas e Ibitiura de Minas, foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão e ainda mandados de prisões preventivas e temporárias. A ação policial, que contou com a participação de 250 policiais civis, resultou na prisão de 41 pessoas, entre elas, o homem apontado como o chefe da quadrilha, sua mulher e o filho. O ex-prefeito de Ibitiura de Minas, Donizeu Bergamim e seu filho Eduardo Costa Bergamim, o vereador “Juninho”, também foram detidos. Um casal, identificado como responsável por um assalto ocorrido em uma fazenda da região, também foi preso. Com eles a polícia apreendeu um tanque de resfriamento de leite de 500 litros.

Balanço preliminar do trabalho da Polícia Civil contabilizou a apreensão de seis veículos, treze armas, munições diversas, grande quantidade de defensivos agrícolas, 800 sacas de café, 100 cabeças de gado e R$ 80 mil em dinheiro. Participaram da Operação Sentinela, policiais lotados em 16 municípios do Sul de Minas, entre eles Alfenas, Pouso Alegre e Varginha. Equipes da Divisão Especializada de Operações Especiais (DEOSP) do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (DICCP) e da Coordenação de Operações Especiais da Superintendência Geral da Polícia Civil (SGPC) também acompanharam os trabalhos.